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Estado de Minas

Arma de delegado suspeito de atirar no Bailão Sertanejo passa por perícia

Gustavo Garcia Assunção, de 29, é delegado da 3ª Delegacia de Ribeirão das Neves e filho do dono do Bailão Sertanejo em Região de Venda Nova. Ele nega os tiros durante um tumulto que terminou com um baleado e feridos por garrafadas. Gustavo aponta um PM como autor dos tiros


postado em 06/05/2013 13:05 / atualizado em 06/05/2013 14:43

A arma do delegado da 3ª Delegacia de Ribeirão das Neves, Gustavo Garcia Assunção, 29, foi encaminhada ao Instituto de Criminalística de Belo Horizonte para uma perícia. A Polícia Civil investiga se ele atirou no domingo durante uma briga no Bailão Sertanejo, na Região de Venda Nova. Gustavo é filho do dono da casa noturna.

Um jovem de 18 anos foi baleado e outras duas pessoas foram feridas ao levarem garrafadas durante a confusão. A polícia vai instaurar inquérito para apurar o caso, pois ainda há duas versões para o crime: a de que o delegado disparou e outra de que os tiros partiram da arma de um sargento da PM – que trabalhava com segurança na boate.

O tumulto começou por volta das 4h. “Não sabemos como tudo ocorreu. Mas teve uma briga e, de repente, uma quebradeira. As pessoas subiram para o palco”, contou Fernanda de Souza Martins, de 26. Ela é irmã de Tiago de Souza Martins, de 18 anos, que levou um tiro na cabeça e outro no pescoço. Ele está internado em estado grave na UTI do Hospital João XXIII. O outro irmão, Elias de Souza Martins, de 22, foi atingido por garrafas no pescoço e na face, e foi levado para o Hospital Risoleta Tolentino Neves. Ele já recebeu alta.

Fernanda foi a única testemunha ouvida na delegacia de Venda Nova. Ela contou que, durante a briga, seguranças do local atingiram Elias com uma garrafa. “Ele foi trancado dentro de um banheiro e sangrava muito. Vi quando um homem deu dois disparos contra meu outro irmão, o Tiago. ”Ela afirmou ainda que um outro rapaz, amigo dos irmãos, foi atingido por garrafas. Esse terceiro ferido também já saiu do hospital.

De acordo com Fernanda, quem deu os dois tiros em Tiago foi Gustavo, o filho do dono do Bailão. Amigos que foram à delegacia – apenas como acompanhantes - confirmaram a versão da mulher e disseram que o delegado, inclusive, ameaçou com a arma outras pessoas, dizendo ser autoridade. “Trancaram Elias no banheiro. E não queriam socorrer o Tiago, foi preciso que os clientes se revoltassem”, acusou Fernanda.

Quando o caso foi parar na delegacia, havia somente ela para ser ouvida oficialmente. A delegada de plantão, Adriana Bianchini, concorda que mais pessoas deveriam ter prestado depoimentos para melhor esclarecimento dos fatos, mas agora a investigação seguirá com outra delegada. Gustavo negou as acusações e a polícia ainda não o chamou para depoimento. O delegado aponta um policial militar, de nome Sérgio, como responsável pelos tiros. O sargento suspeito de efetuar os tiros trabalhava no local irregularmente como segurança, mas ainda não se apresentou para prestar esclarecimentos.


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