
Segundo a advogada do policial, Maria Amélia Tupynambá, a arma particular de Toledo é um revólver calibre 38, apreendido no apartamento dele, no Bairro Buritis, por uma equipe da corregedoria que cumpriu mandado de busca e apreensão. Ela afirma que Toledo não usava mais arma da corporação e que o recibo de devolução também foi recolhido na casa dele.
A. e Toledo se conheceram quando ela ainda ela tinha 14 anos e morava com a família no mesmo prédio do delegado. Pessoas próximas ao casal afirmam que os dois se relacionavam desde então. Toledo nega que houvesse namoro e diz que a jovem o perseguia, apesar das fotos do casal com brindes e poses românticas postadas na página dela do Facebook. Em 19 de março, A. fez um registro de ocorrência acusando o policial de tê-la agredido com chutes e socos. Ela foi atendida no HPS e teria quebrado dois dedos.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, na qual o delegado chegou a cobrir licença de uma colega no ano passado, o indiciou pela agressão, oferecendo à jovem medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. A Justiça decretou o afastamento entre a vítima e o agressor em 3 de abril – 11 dias antes do incidente. Toledo deveria ter sido intimado imediatamente, já que se tratava de uma medida urgente, mas o Tribunal de Justiça informou à corregedoria que o oficial de Justiça não conseguiu encontrá-lo. Ele estava lotado na Delegacia Especializada de Atendimento à Pessoa Deficiente e ao Idoso. O oficial de Justiça também deve ser chamado para depor.
