De acordo com a cunhada do desaparecido, a compradora Cristina Poliane Nicácio, Roberto teria comprado o lote há cerca de oito anos. Constantemente, ele passava pelo local para ver se havia algum problema. Há uma semana, em uma dessas visitas, ele viu que vizinhos de fundos estavam construindo no terreno dele. Na ocasião, houve um desentendimento e o caso foi parar na Polícia Militar. Roberto ficou nervoso com o início das obras e resolveu que moraria lá para proteger o local. A PM de Juatuba informou que as pessoas que teriam invadido a área afirmaram que tinham um contrato de compra e venda. Do outro lado, Roberto alegou que tinha a escritura do terreno.
A família de Roberto não soube informar se a disputa havia sido levada à Justiça. Disseram, no entanto, que ele passou a ser ameaçado pelos supostos invasores que teriam dito que se ele se voltasse ao local, morreria. Na última sexta-feira à tarde, conforme Cristina informou, Roberto teria falado com a enteada, de 14 anos, que iria a Juatuba com dois amigos e que não demorava. No entanto, os amigos não foram conforme combinado e, Roberto resolveu ir sozinho. “Por volta das 22h, minha irmã, que está grávida, tentou falar com ele no celular. Uma pessoa atendeu e em seguida desligou. Desde então, o celular está desligado”, explica Cristina.
A mulher de Roberto, no entanto, não acionou a polícia. Segundo a cunhada, o motivo é que já aconteceu do autônomo sair de casa para beber com amigos e só voltar no dia seguinte. A notícia do desaparecimento do marido só veio no sábado, por volta de 12h. A PM de Juatuba encontrou um Uno destruído na Rua Antônio Cassimiro, e pelas placas encontrou o endereço do dono. Ao fazer contato com a mulher dele, a história da rixa e da possibilidade de vingança foi informada aos militares. A hipótese ganhou força já que o carro estava na mesma rua onde fica o lote.
A Polícia Militar fez rastreamentos pela região, mas nenhuma pista de Roberto foi encontrada. Ainda conforme a PM, a perícia da Polícia Civil foi acionada, para ver se encontrava algum vestígio dentro do carro, mas a corporação informou que não mandaria ninguém ao local. Familiares de Roberto ajudaram nas buscas e temem que ele tenha sido assassinado. “Estamos aflitos sem notícia dele. Infelizmente estamos acreditando no pior. Mas queremos que a polícia descubra o mais rápido possível o que aconteceu”, diz Cristina. A Polícia Civil, por meio da assessoria de imprensa, informou que as investigações sobre o paradeiro de Roberto foram iniciadas ontem.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a corporação foi acionada e já começa as investigações no início da noite deste domingo. Nesta segunda-feira, o caso será passado para a 1ª delegacia de Juatuba.