Um casamento oficializado há apenas sete meses terminou de forma trágica na manhã de quarta-feira, após mais desentendimento entre um casal morador do Bairro Palmital A, Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O lanterneiro Adail Eustáquio de Melo, de 54 anos, foi morto com 16 facadas (oito nas costas, quatro no peito, duas nos braços, uma no pescoço e outra na nuca). A doméstica Maria José da Silva Santana, 48, que chegou a alegar que o marido havia cometido suicídio, foi detida como suspeita de ter cometido o crime. Porém, o filho dela, o ajudante de cozinha Warley da Silva, 24, acabou preso em flagrante, apontado de ser o autor da morte do padrasto.
Conforme o sargento José Aparecido Gomes da Silva, da 69ª Companhia do 35º BPM, a própria doméstica chamou a polícia. “Quando chegamos na casa, a mulher estava bastante nervosa e apresentou várias versões sobre o fato”, contou.
Na primeira versão, segundo a PM, ela alegou que o lanterneiro pegou a faca para matá-la, mas depois resolveu acabar com a própria vida. No entanto, ao ser questionada sobre as perfurações que o marido tinha nas costas, a mulher assumiu a autoria do assassinato, na tentativa de proteger o filho. Ao ser questionada sobre o paradeiro do rapaz, Maria José informou que ele havia saído cedo para trabalhar, o que levou os militares a desconfiarem do envolvimento dele. Peritos encontraram outros indícios de homicídio no imóvel.
A doméstica sofreu um corte no dedo indicador da mão direita ao tentar tomar a faca do filho. Ela foi atendida na UPA do Bairro São Benedito e depois foi levada, com o filho, à Delegacia de Polícia Civil de Santa Luzia. O jovem foi autuado em flagrante pelo homicídio. A doméstica foi liberada.