
As novas orientações serão divulgadas no pregão eletrônico que será aberto na próxima semana pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento. “Como as diretrizes agora são de diminuir a poluição visual, vamos reduzir o número de relógios, mas espalhá-los melhor pela cidade”, afirma a assessora jurídica da pasta, Adriana Lafetá. “Os novos permissionários também pagarão mais, pois, a partir de um estudo de viabilidade econômica, vimos que, como há agora menos outdoors em BH, os relógios deixaram de ser só mais um espaço de publicidade”, afirma a assessora, ressaltando que a receita com os equipamentos vai para o caixa único da prefeitura.
A última licitação dos aparelhos ocorreu em 2003, há quase 10 anos, e concedeu à Cemusa do Brasil o direito de explorar publicidade em relógios digitais, com a condição de fornecer, instalar e manter os equipamentos. O Estado de Minas entrou em contato com a Cemusa para saber a arrecadação da empresa com as placas e como funciona a manutenção, mas não teve retorno até o fechamento desta edição. O contrato da Cemusa do Brasil vence em março de 2013, quando os 350 equipamentos deverão ser retirados. Apesar disso, a previsão da Secretaria de Desenvolvimento é de, até novembro, colocar 60 unidades em regionais carentes do mobiliário. A instalação dos outros 240 ocorrerá até abril de 2013.
Vendedor não confia
Embora trabalhe em frente a um desses relógios, na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital, o vendedor Antônio Ferreira, de 61 anos, não acompanha a hora pelo equipamento. “Acho que o principal foco é propaganda. Na época da chuva, eles sempre costumam dar problema”, afirma. No tempo seco, entretanto, os ponteiros parecem estar bem ajustados, ao contrário da temperatura. Vestido com casaco de couro, o psicólogo Samuel Damásio, de 25, se espantou ao ver o relógio marcar 37°C, às 14h de ontem, na Avenida Afonso Pena, na esquina da Rua Pernambuco.
“Não estaria suportando usar esse casaco caso a temperatura fosse de fato 37°C. Não costumo olhar esses relógios, pois não confio”, diz. No quarteirão de baixo, entretanto, o equipamento acusava 30°C e, mais acima, outro aparelho marcava 28°C, nas mesmas 14h.
Enquanto isso, na torre da Prefeitura

