(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Suspeitos de matar sem-terras em Minas dormiram em acampamento antes do crime

A Polícia Civil divulgou o retrato falado dos suspeitos nesta quinta-feira


postado em 26/04/2012 18:13 / atualizado em 26/04/2012 18:27

A polícia divulgou o retrato falado dos suspeitos de assassinar três líderes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST) em uma estrada no Triângulo Mineiro, em 24 de março. As características dos supostos assassinos foram passadas por outros integrantes da comunidade que acampa na Fazenda São José dos Cravos, que tiveram contato com eles. De acordo com o delegado Kleyverson Resende, da Delegacia de Homicídios de Betim, responsável pelo caso, os suspeitos chegaram a dormir no acampamento um dia antes do crime. “Eles foram lá e usaram o argumento de montar uma barraca. Mas, já estavam planejando os homicídios”, explica o delegado.

O crime aconteceu na manhã de 24 de março. Segundo a Polícia Militar (PM), Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, Milton Santos Nunes da Silva, de 52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48, saíram do acampamento no município de Prata para uma reunião de representantes de movimentos sociais em Uberlândia. No trajeto, foram interceptados por um carro cinza antes de uma ponte na MG-455. Segundo a perícia, Clestina Sales foi atingida por dois tiros na parte frontal da cabeça, Valdir Dias Ferreira levou um tiro no pescoço e outro na nuca e Milton Santos Nunes foi atingido por um tiro na região temporal direita e por outro de raspão na nuca. O único sobrevivente do assassinato é uma criança de 5 anos, neta de Milton e Clestina, que conseguiu fugir do local do crime ileso.

No dia anterior, os suspeitos chegaram a dormir no acampamento e conseguiram informações que ajudaram nas execuções. “Eles conversaram com as vítimas e procuraram saber se eles iriam na cidade. Na sexta-feira à noite, dormiram no acampamento e, na manhã do dia seguinte, cometeram os assassinatos. Eles não voltaram para o acampamento depois disso. Suspeitamos que eles ficaram na região”, afirma o delegado.

Sobre as linhas de investigações dos crime, o delegado prefere deixá-las em sigilo. “Na verdade são várias linhas de investigação, não descartamos nenhuma. Mas prefiro não divulgar para não atrapalhar nas investigações”, diz o delegado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)