Depois de fecharem o trânsito durante protesto na Avenida Amazonas, em Belo Horizonte, os rodoviários encerraram a manifestação e aguardam nova assembleia que acontecerá às 16h. Na primeira reunião, ficou decidido que haverá greve, mas a paralisação dependerá desse novo encontro entre os trabalhadores.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) afirma que mesmo com a opção pela greve, os ônibus circularão normalmente nesta sexta-feira. Apenas na próxima segunda, motoristas e cobradores passarão a trabalhar em escala mínima, o que deve reduzir quase 70% dos ônibus em circulação.
Os rodoviários revindicam reajuste salarial de 49%, 30 folhas de tíquete-alimentação de R$ 15, a instalação de banheiros femininos nos pontos finais, participação nos lucros e resultados (PLR) e uma jornada de trabalho de seis horas diárias. Os sindicatos das empresas de ônibus propõem reajustar em 13% o salário dos motoristas e trocadores - condicionado ao aumento de 20 minutos na jornada de trabalho diária - e de 9% para a manutenção e administração.
As empresas também oferecem um aumento de 6% no ticket-alimentação, R$ 150 na participação dos lucros (para quem ganha até R$ 1.000), e R$ 300 para quem recebe acima desse valor. Outra proposta aos motoristas e trocadores é o aumento de 6%, sem mudança na carga horária.
O protesto dessa sexta-feira, que começou logo depois da primeira assembleia às 11h, deixou o trânsito complicado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A Avenida Amazonas, Praça Raul Soares e Avenida Afonso Pena foram os pontos de maior retenção. Segundo a BHTrans, por volta de 13h15 o tráfego já estava normalizado na região.