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Estado de Minas

Moradores de imóveis interditados no Buritis aguardam notificação judicial para sair

A preocupação agora é correr contra o tempo e encontrar um novo local para viver


postado em 13/01/2012 06:00 / atualizado em 13/01/2012 06:35

 

O problema é que amanhã (hoje) provavelmente já teremos de deixar nosso apartamento e é pouco tempo para achar outro lugar - Maria de Lourdes Bragança Koch, de 54 anos, administradora de empresas(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)
O problema é que amanhã (hoje) provavelmente já teremos de deixar nosso apartamento e é pouco tempo para achar outro lugar - Maria de Lourdes Bragança Koch, de 54 anos, administradora de empresas (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)

Enquanto a Prefeitura de Belo Horizonte corre para agilizar a demolição de um dos blocos do Art de Vivre, moradores dos imóveis interditados por conta do risco na região estão apreensivos. A certeza de que a demolição vai ocorrer deixa várias pessoas aflitas, já que não se sabe por quanto tempo terão de ficar longe de casa. Nessa quinta-feira, a Justiça expediu os mandados para informá-los que devem deixar as casas, mas até o início da noite ninguém havia recebido o comunicado.

Depois da intimação judicial, os moradores terão 12 horas para sair dos imóveis, com possibilidade de intervenção da Polícia Militar, caso seja necessário. Os donos dos apartamentos do Edifício Brisas do Vale, o único interditado na Rua Laura Soares Carneiro, se reuniram no fim da tarde para decidir como será a saída depois do comunicado oficial. A administradora de empresas Maria de Lourdes Bragança Koch, de 54 anos, não tem preocupações com relação à estrutura do prédio, mas está ansiosa para achar um apartamento para alugar.

“Temos que sair mesmo porque há o risco em decorrência da demolição. O problema é que amanhã (hoje) provavelmente já teremos de deixar nosso apartamento e é pouco tempo para achar outro lugar. Além disso, minha casa é grande e será difícil levar as coisas para uma menor. O jeito é dividir com meu marido e cada um procura para achar mais rápido”, disse a moradora do 501. O vizinho do 301, Hebert Sandinha, de 25 anos, vai sair depois que receber a intimação da Justiça. “O meu maior receio é a falta de segurança, já que o policiamento na rua não é constante”, afirmou o analista de sistemas.

A vendedora Valéria Araújo, 48 anos, que mora na casa na esquina da Avenida Protásio de Oliveira Penna com a Rua Marco Aurélio de Miranda, garantiu que a decisão da Justiça não muda em nada sua situação. “Já estou ficando na casa da minha irmã e meu marido está na casa de um amigo, aqui perto mesmo. A gente sempre vem fazer alguma coisa, até porque já tentaram invadir a casa pelos fundos”, conta. O prédio que fica na outra esquina entre as duas vias parece já estar desocupado. A reportagem do Estado de Minas chamou nos oito apartamentos do Recanto dos Buritis, mas ninguém atendeu. Na garagem não foi encontrado nenhum carro.

O dono do apartamento 301 ainda não mora no local, mas esteve no edifício e lamentou a situação. “É uma indignação ver a falta de prevenção e a demora para resolver o problema. Minha perspectiva agora é vender assim que houver recuperação do local. Mas creio que isso deve demorar de seis meses a um ano, tempo que acho necessário para a retomada dos preços”, afirma.

A Defesa Civil informou que todos os moradores dos quatro imóveis interditados já foram notificados pelo órgão municipal sobre a necessidade de deixar as casas. O órgão diz ter conhecimento de todos os moradores que resistem em sair dos apartamentos e por isso ainda vem tentando convencê-los na base do diálogo. Se houver necessidade, a Polícia Militar será requisitada.


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