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Estado de Minas

Guignard em sede própria

Dirigentes e professores comemoram transferência para a Uemg de terreno ocupado pela escola de artes plásticas e educação artística no Mangabeiras


17/12/2011 06:00 - atualizado 17/12/2011 07:11

Comunidade acadêmica já faz planos para revitalizar o prédio, do arquiteto Gustavo Penna, sede da instituição há 17 anos
Comunidade acadêmica já faz planos para revitalizar o prédio, do arquiteto Gustavo Penna, sede da instituição há 17 anos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 19/11/04)

 

Dezessete anos depois de se mudar para o endereço da Rua Ascânio Burlamarque, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, a Escola Guignard finalmente toma posse do terreno que ocupa. Foi publicada nessa sexta-feira no Diário Oficial do Município (DOM) a Lei 10.331, transferindo oficialmente o espaço até então de propriedade da prefeitura da capital para a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). A comunidade acadêmica comemorou a decisão e, agora, já faz planos para a revitalização do prédio, do arquiteto Gustavo Penna. Um projeto de avaliação da situação do edifício já está em andamento, mas ainda sem prazo de conclusão.

Venceu o bom senso e a administração municipal reconheceu, até mesmo pelo tempo de uso, os direitos da Guignard - Dijon Moraes Júnior, reitor da Uemg
Venceu o bom senso e a administração municipal reconheceu, até mesmo pelo tempo de uso, os direitos da Guignard - Dijon Moraes Júnior, reitor da Uemg (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 5/10/11)
O reitor da Uemg, Dijon Moraes Júnior, explica que, embora a escola tenha sido construída no local, na prática o terreno não estava legalizado, pois a doação da prefeitura à instituição não havia sido formalizada. Assim, qualquer intervenção, investimentos ou melhorias estavam impedidas. “Ficávamos inseguros de fazer qualquer modificação e um dia perder o espaço. Finalmente, venceu o bom senso e a administração municipal reconheceu, até mesmo pelo tempo de uso, os direitos da Guignard”, afirmou.

Segundo Moraes, o prédio, inaugurado em 1994, precisa de manutenção. “Até porque a arquitetura dele foi pensada para testar novas tecnologias. Por isso, temos de fazer tudo com muito cuidado e atenção para não descaracterizar o modelo original”, disse. O reitor informou ainda que as mudanças serão definidas de acordo com os resultados do levantamento da situação do prédio.


Improviso

A escola é mais uma das obras de Juscelino Kubitschek, quando prefeito de Belo Horizonte. Em 1944, ele trouxe um dos maiores pintores e desenhistas do século 20, Alberto da Veiga Guignard (1896/1962), que estudou na Europa na década de 1930, para dirigir a Escola de Belas-Artes, aplicando um conceito modernista. Apesar das dificuldades para implantação, o liberalismo didático do artista proporcionou à sociedade belo-horizontina um salto cultural histórico, possibilitando grande evolução nas concepções estéticas. Os cursos de arte administrados pela escola significavam um movimento cultural e uma nova concepção artística dentro dos padrões estéticos daquela época.

A posse do terreno tem outro significado para alunos professores e funcionários da Guinard: a garantia de um local fixo. Durante anos, a sede de uma das instituições mais importantes de educação em Minas passou por vários pontos da cidade, por falta de recursos. Já esteve no Parque Municipal, onde funcionou o Colégio Imaco, e até mesmo, de forma bem improvisada, nos porões do Palácio das Artes, na época ainda em construção. “A escola foi errante durante muitos anos, tendo funcionado com empréstimos de prédios. Pela primeira vez, teremos uma sede própria, o que dá tranquilidade para desenvolvermos nossas atividades”, comemorou.


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