Sistema não alertou Cemig sobre rompimento de fio que matou motociclista

A Cemig informou que o sistema da companhia não identificou o rompimento de um fio de alta tensão que matou um motociclista na noite de terça-feira no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. Gleison Wilson Souza, de 38 anos, esbarrou em um fio de alta tensão desencapado na Rua Montenegro. O cabo teria se rompido com a queda de galhos durante o vendaval. Gilson sofreu uma descarga elétrica superior a 7 mil volts e morreu na hora.

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira, a companhia explicou que foi informada sobre o problema pouco antes das 17h através de uma ligação telefônica. No entanto, segundo a Cemig, quando um fio cai no asfalto muitas vezes o sistema não reconhece como um curto circuito e a energia não é interrompida imediatadamente.

Quando foi feito um novo chamado comunicando o acidente com o motociclista, a empresa enviou técnicos do centro de operação para desligar o circuito, mas, segundo a companhia, o procedimento é lento. O acidente ocorreu às 18h e a equipe da Cemig chegou ao local às 19h. Conforme a empresa, o problema na identificação do rompimento de energia acontece nos sistemas de todas as companhias de energia do Brasil e de outros países.