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Estado de Minas

Falta de plano de emergência é apontada como o maior gargalo no metrô de BH

Passageiros criticaram a falta de planejamento depois da pane que deixou pessoas presas dentro dos trens


postado em 08/09/2011 07:28 / atualizado em 08/09/2011 07:32

A falta de um plano de emergência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para contornar as panes do metrô de Belo Horizonte ontem ainda era motivo de críticas de passageiros que ficaram presos por 40 minutos numa composição entre as estações Horto e Santa Inês, Leste da capital, na noite da terça-feira. A estudante Dayselene Oliveira Abreu, de 30 anos, uma das vítimas, garante que ninguém da CBTU demonstrou preparo para evitar uma situação de pânico. “Só o maquinista pedia, pelo sistema de som, para que ficássemos calmos. Mas como ficar calmos num ambiente fechado, sem ventilação, lotado e escuro, sem qualquer informação do que havia ocorrido ou o que estavam fazendo para resolver o problema?”

Dayselene disse que hoje retoma sua rotina de trabalho e escola, que depende do transporte nos trens urbanos. “Moro no Ribeiro de Abreu (Norte de BH) e utilizo o sistema de integração ônibus/metrô para chegar ao meu trabalho pela manhã, na área central. No começo da noite, sigo para a faculdade, no Bairro Gameleira, de onde retorno para casa até a estação São Gabriel. Infelizmente, mesmo depois de tudo isso, estarei num dos vagões torcendo para chegar aos meus destinos sem panes nos trens.” Há cerca de três anos, a estudante já havia passado por situação semelhante, quando precisou descer no meio do trajeto e seguir a pé, beira linha, até a estação mais próxima.

O diretor do Sindicato dos Metroviários Vicente Paula Silva concorda que falta alternativas para situações de emergência no sistema do metrô. “Há algumas rotas de fuga em determinadas estações, mas não é o caso entre o Horto e Santa Inês. Seria necessário investimentos para modernizar o sistema, para minimizar os efeitos de panes como a que ocorreu.”

De acordo com o sindicalista, a CBTU dispõe de locotratores, que são usados para rebocar as composições férreas, porém, eles ficam nas oficinas do Eldorado e São Gabriel. Como são equipamentos que rodam em baixa velocidade, demorariam chegar em determinados pontos, o que pode ter justificado o uso de um outro trem no resgate da composição que apresentou problemas de tração na noite de terça-feira.


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