A província mineral mais importante do mundo em minério de ferro poderá se tornar também um polo irradiador de cultura, história e geologia com o aval da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O Quadrilátero Ferrífero, que abrange 25 municípios no entorno de BH e uma população de 3,5 milhões de habitantes, é forte candidato a ser um geopark e integrar uma rede global para promoção do turismo, geração de emprego e renda, desenvolvimento e outros benefícios. No dia 1º, na Escola Guignard, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul, o programa será lançado oficialmente na presença de auditores da Unesco, segundo Renato Ciminelli, presidente do Instituto Quadrilátero (organização da sociedade civil de interesse público).
No Brasil, apenas o Geopark Araripe, no Ceará, foi certificado até hoje. Segundo Ciminelli, as entidades e instituições que fizerem parte da rede, como empresas, museus, sítios geológicos, áreas particulares, showroom de pedras, áreas agrícolas importantes, entre outros, terão direito a um selo que garantirá visibilidade internacional.
O resultado da auditoria será apresentado pela Unesco durante uma reunião entre os dias 16 e 18 de setembro, na Noruega.
Para dar o veredito, os auditores estão conhecendo os sítios geológicos das serras da Piedade, Caraça e Rola Moça, o Pico do Itacolomi e Cachoeira do Campo, em Ouro Preto, e o Parque das Mangabeiras, na Serra do Curral, em BH, escolhidos entre 30 áreas na região do Quadrilátero.