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Estado de Minas

Começa restauração da Escola Estadual Barão do Rio Branco


postado em 27/07/2011 07:42

A edificação, que comemora 100 anos em 2013, hoje coleciona marcas do vandalismo(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A edificação, que comemora 100 anos em 2013, hoje coleciona marcas do vandalismo (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Livros encaixotados, mesas e carteiras empilhadas, móveis espalhados pelo corredor e cheiro de tinta fresca no ar. O Instituto de Educação de Minas Gerais, no Centro de Belo Horizonte, recebe nesta semana os retoques finais para abrigar 1.084 novos alunos, a serem transferidos da Escola Estadual Barão do Rio Branco, em 1º de agosto. O último caminhão de mudança com o mobiliário da escola partiu ontem do pátio da instituição, no coração da Savassi, Região Centro-Sul da capital, deixando para trás apenas entulhos e a esperança da restauração do prédio. A edificação, que comemora 100 anos em 2013, hoje coleciona marcas do vandalismo, da depredação e da ação impiedosa do tempo.

Conforme o Estado de Minas anunciou com exclusividade em março, a recuperação das características originais do prédio do Barão do Rio Branco, primeira escola pública de Belo Horizonte, coincidirá com o centenário da edificação no atual endereço na Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas Rio Grande do Norte e Tomé de Souza. A licitação da empresa responsável pela elaboração do projeto arquitetônico e estrutural da obra foi encerrada no dia 4 e o prazo para entrega dos estudos termina em janeiro, para quando está previsto o início dos trabalhos.

A estimativa da Secretaria de Estado de Educação é de que serão investidos cerca de R$ 4,5 milhões na restauração da estrutura erguida pelo construtor espanhol Jaime Salse e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), em 1988. Devem ser seguidos os moldes da reforma concluída em fevereiro do ano passado na Escola Estadual Pedro II, na Área Hospitalar de BH. A proposta prevê a recuperação dos pisos, fachadas, portas e janelas, modernização das redes hidráulica e elétrica, instalação de para-raios e adequação da estrutura da escola às normas de acessibilidade.

Com a transferência dos alunos para um novo espaço, o Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop-MG) deve cercar o Barão do Rio Branco com tapumes nos próximos dias. “No início do ano, tivemos vários problemas com a estrutura física do prédio. Dada a importância histórica da edificação, optamos por uma restauração completa e uma adequação das instalações, em vez de fazermos intervenções pontuais. Nossa previsão é de que as obras sejam concluídas em dois anos”, afirma o subsecretário de administração do sistema educacional da Secretaria de Estado de Educação, Leonardo Petrus.

O colégio, fundado em 1906 na Avenida João Pinheiro, onde hoje funciona a Escola Estadual Afonso Pena, já formou nomes como Otacílio Negrão de Lima, Américo Renné Giannetti, Israel Pinheiro, Paulo Mendes Campos e Zuzu Angel, entre outros. O local onde funciona desde 1913 exibe rachaduras e infiltrações nas paredes, portas e janelas quebradas e quadros em péssima conservação. Três salas de aula foram interditadas pela Defesa Civil municipal em janeiro deste ano e quadras esportivas estão isoladas devido à queda de muros. A última reforma é de 2004 e, no ano passado, o telhado foi trocado.

Segunda-feira, os pouco mais de 1 mil alunos da Escola Estadual Barão do Rio Branco vão retornar às aulas num novo ambiente. Dezesseis salas foram reformadas numa ala do Instituto de Educação de Minas Gerais para receber os estudantes e todo o mobiliário será acomodado num anexo do colégio. Com o fim da mudança na tarde de ontem, funcionários do Barão do Rio Branco começam hoje a trabalhar no Instituto de Educação para pôr a casa em ordem e garantir que tudo esteja funcionando até 1º de agosto.

As salas de aula ainda não têm ventiladores e algumas vão funcionar em antigos porões, onde a ventilação é feita apenas por pequenos basculantes. O refeitório e a cantina já estão montados, mas os laboratórios de ciência e a biblioteca ainda não. O diretor da Escola Estadual Barão do Rio Branco, Carlos Henrique Alves da Silva, pede compreensão aos estudantes. “Estamos saindo de um espaço em que sofríamos com a falta de preservação. Por isso, peço consciência aos alunos para que nos ajudem a conservar as novas salas emprestadas pelo Instituto de Educação”, afirma.

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