Os moradores dos edifícios Ágata, Ouro Preto II e Lenise, no Bairro Anchieta, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, esperavam ver solucionada nesta sexta-feira a situação em que se encontram há quase dois anos. Uma audiência de conciliação, marcada para as 13h, no 2º Tribunal do Júri, no Fórum Lafayette, pode dar desfecho ao drama de não terem mais casa própria. Eles saíram às pressas de apartamentos afetados pelas obras do Shopping Plaza Anchieta e, apesar de terem moradia custeada pelos empreendedores do Villaggio Anchieta, consórcio envolvido na expansão do shopping , ainda não fincaram raízes.
Desde então, entre brigas judiciais, os moradores se tornaram personagens de uma novela que parece não ter fim. “Moramos em apartamentos bons, mas que não são nossos. São pagos pelos empreendedores do shopping, assim, não temos liberdade. Se quisermos vender nosso imóvel não podemos. Mudar de cidade também não. Estamos presos nessa história”, desabafa Francisco José Ferreira, que morava no Ágata, junto com a mulher Maria Lúcia, desde janeiro de 1981.