(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Operários assistem concerto durante reforma do Estádio Independência


postado em 26/04/2011 20:28 / atualizado em 26/04/2011 20:40

Entre tapumes, o maestro Marco Antônio Drumond apresentou de xotes a árias aos trabalhadores (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A.Press)
Entre tapumes, o maestro Marco Antônio Drumond apresentou de xotes a árias aos trabalhadores (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A.Press)
 

Em vez do som ensurdecedor das betoneiras, retroescavadeiras, carretas e do incômodo eco dos, martelos, a delicadeza de violinos, violas, violoncelo e contrabaixo. Na tarde fria e chuvosa desta terça-feira, cerca de 300 operários que trabalham na reforma do Estádio Independência, no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte, tiveram uma atividade bem diferente – e, para a maioria, com sabor de estreia. Depois do dia estafante na obra, a plateia especial assistiu ao concerto didático da Orquestra de Câmara Sesiminas, sob a regência do maestro Marco Antônio Drumond. À frente da iniciativa, o Serviço Social da Indústria (Sesi) e Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot), em parceria com o governo estadual, via Secretaria de Transportes e Obras Públicas, e construtora Andrade Valladares.

Eram 16h45 quando o maestro deu início à apresentação de clássicos e músicas populares, entre eles o Primeiro movimento da pequena serenata, de Mozart, Ária para quarta corda, de Bach, Corta-jaca, de Chiquinha Gonzaga, além de canções do repertório gravado pela mineira Clara Nunes, de Luiz Gonzaga e, grand finale, Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. O ajudante de pedreiro Elson Avelino da Silva, de 18, gostou, principalmente das canções Riacho do navio e Xote das meninas, do rei do baião Luiz Gonzaga. “Essas eu conheço e são muito bonitas. Todas são muito tranquilas”, disse o jovem, natural da Bahia. Ao lado, o carpinteiro João Pinto da Silva, de 43, observava que esse tipo de programa “faz bem para a cabeça”.

Durante a apresentação da orquestra de 18 músicos, que completa 25 anos em 2011, o maestro Drumond explicou a função de cada instrumento e convidou alguém do público para tomar o seu lugar. O voluntário foi o topógrafo Geraldo Antônio Inácio, de 48 anos, que, de batuta em punho, conduziu o grupo com elegância e desenvoltura por alguns minutos. “Foi um desafio, pois nunca tinha exercido essa função”, descreveu. Ele, no entanto, jamais fez planos de trocar o canteiro de obras pelos grandes teatros.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)