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Estado de Minas

Operários morrem soterrados por britas em Muriaé


postado em 21/03/2011 19:03 / atualizado em 21/03/2011 19:42

Dois operários morreram nesta manhã e um ficou ferido depois que caíram num recipiente para armazenagem de pó de brita. O acidente foi na pedreira Boa Esperança, na MG-447, em Miraí, na Zona da Mata,  a 335 quilômetros da capital. As vítimas foram sugadas em meio à brita e, somente com a chegada do militares do Corpo de Bombeiros do Pelotão de Muriaé, o trabalhador ferido foi retirado e os dois corpos resgatados.

 

Francis Júnior Rodrigues da Silva, de 24 anos, e Marcelo Márcio de Faria, de 19, ficaram completamente cobertos pelo material por quase duas horas. Quando resgatados já estavam mortos e os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Cataguases. José Ferreira Eleutério, de 37, ficou enterrado até a altura do tórax. Ele foi retirado pelos bombeiros e levado para o Hospital de Miraí. Boletim divulgado pelo médico Cristiano Pereira, informou que o operário sofreu ferimentos leves e, devido ao estado emocional e registro de pressão arterial elevada, ele ficou internado em observação.

 

O sargento Leslie Amaral Menon, que comandou a operação  dos bombeiros, disse que a maior dificuldade no resgate foi o escoamento do material armazenado no depósito. "Quando chegamos, o José Eleutério estava no interior do recipiente enterrado com pó de brita até o peito. Com uma corda conseguimos mantê-lo preso em segurança. Porém, não tínhamos como chegar ao outros operários, cujos corpos afundaram no material. Tivemos que abrir um buraco na lateral do depósito, para retirar a brita”, explicou o militar.

 

Menon apurou que um dos trabalhadores tentava desobstruir uma britadeira, usando uma pá, quando caiu no depósito. Na tentativa de salvar o colega, os outros dois trabalhadores entraram no recipiente, mas também afundaram na brita. “Rapidamente o primeiro operário sumiu com o impacto da queda, pois é como se caísse na areia movediça. E para piorar, a abertura da base por onde escoa o material sobre os caminhões se abriu e sugou o rapaz. Na sequência, o pé dele fechou orifício, o que não permitiu o esvaziamento do depósito”. O perito Marcelo Bissant, da Polícia Civil, esteve no local e realizou os levantamentos técnicos para apurar as responsabilidades no acidente.


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