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Estado de Minas

Mulher é condenada a 13 anos de prisão pela morte do primo do goleiro Bruno

Denilza Cesário Silva, de 30 anos, foi condenada por homicídio qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima


postado em 09/08/2013 16:09 / atualizado em 09/08/2013 18:00

O juiz Ronaldo Vasques negou a ré o direto de recorrer em liberdade(foto: TV Alterosa/Reprodução)
O juiz Ronaldo Vasques negou a ré o direto de recorrer em liberdade (foto: TV Alterosa/Reprodução)

A ex-funcionária de restaurante Denilza Cesário Silva, de 30 anos, foi condenada a 13 anos de reclusão em regime fechado, por participação na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. De acordo com o inquérito policial, ela seduziu o jovem para que o companheiro dela, Alexandre Ângelo de Oliveira, o Neguinho, de 28 anos, o executasse a tiros. A mulher foi sentenciada por homicídio qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz Ronaldo Vasques, negou a ré o direto de recorrer em liberdade.

A sessão teve início às 9h20. A primeira pessoa a ser ouvida foi a irmã de Sérgio Rosa Sales. A mulher, que não teve o nome divulgado, disse que o primo de Bruno vinha sendo ameaçado antes de morrer. Também afirmou que ele, apesar de ser “mulherengo”, nunca chegou a forçar qualquer tipo de namoro. O sub-corregedor da Polícia Civil e um delegado, que fizeram as investigações, confirmaram a s informações do inquérito.

Durante o interrogatório, a ré reafirmou que foi assediada por Sérgio Sales um dia antes do crime e que comentou o fato com o então namorado Alexandre Ângelo. Disse que não presenciou o assassinato e que apenas ouviu os disparos no caminho do trabalho. Argumentou que só fugiu e ficou escondida após saber que a polícia estava em busca dela e do namorado. Denilza se recusou a responder o MP.

Relembre o caso

Sérgio foi assassinado em 22 de agosto do ano passado. Na ocasião, levantou-se a possibilidade de a morte estar relacionada ao julgamento dos acusados pelo desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio. Além de réu no processo, o primo de Bruno era apontado como uma das testemunhas-chave no caso. Porém, a hipótese foi descartada pela polícia.


De acordo com as investigações, Denilza afirmou que trabalha em um restaurante na Avenida Cristiano Machado. Para seguir até o serviço, ela passava pelo Bairro Minaslândia a pé. Em 21 de agosto, um dia antes do crime, a mulher afirma que caminhava pela rua onde Sérgio morava quando foi assediada por ele. Segundo relatos de Cesário, o primo do goleiro Bruno a abordou, a chamou de gostosa, tentou tocá-la e mostrou as partes íntimas para ela.

Denilza continuou o caminho e ouviu Sérgio dizer que, se ela passasse novamente no local, ele iria repetir os atos do dia anterior. A mulher chegou em casa, onde mora com o marido, e ligou para Alexandre, com quem tem um relacionamento extraconjugal. O homem, que já foi preso e condenado por tráfico de drogas, afirmou que no dia seguinte iria levá-la ao trabalho.

Logo cedo, Alexandre foi até a casa de Denilza em uma moto vermelha e cumpriu o combinado. Porém, não fez o caminho completo até o trabalho dela. A mulher foi deixada para seguir parte do caminho a pé, enquanto era monitorada por ele. Durante o percurso, Sérgio novamente foi ao encontro da garota e tentou agarrá-la.

Alexandre se aproximou do primo de Bruno e disse: “então é você o estuprador”. Logo em seguida, deu dois tiros em Sérgio que saiu correndo. Enquanto ele fugia, o suspeito atirou quatro vezes, mas nenhum tiro acertou a vítima.

Sérgio ainda conseguiu correr e se escondeu atrás de uma árvore, na casa de amigos. Alexandre se escondeu atrás de um carro que estava estacionado no quintal da casa, recarregou a arma e voltou a atirar contra o jovem. Como o primo de Bruno não revidou os disparos, o homem desferiu cinco tiros à queima roupa. O último deles atingiu a boca de Sales. O casal foi preso em 3 de setembro do ano passado em cumprimento a um mandado de prisão.

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