O advogado Rui Pimenta, que defende o goleiro Bruno Fernandes, preso pelo sumiço e morte da modelo Eliza Samudio, acredita que o atleta pode deixar a prisão na próxima semana. Um pedido de soltura para o réu ainda tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) a espera de julgamento. Na última terça-feira, foi juntada ao processo uma petição com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que reduziu a pena do jogador e do amigo dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, nos crimes cometidos contra Eliza na cidade. No documento, a defesa pede que o goleiro seja solto provisoriamente enquanto não acontece o julgamento do recurso.
Junto com a petição que a defesa pediu para anexar ao pedido de habeas corpus, o defensor de Bruno solicita que o goleiro seja solto provisoriamente até que haja o julgamento do STF. “Está cheio de processo para julgar por causa do mensalão. Espero que o ministro faça um despacho monocrático neste fim de semana. Tenho a esperança que segunda-feira ou terça-feira Bruno já esteja nas ruas. Ele não pode ficar preso mais momento nenhum, pois já pagou a pena”, diz Pimenta.
O pedido de soltura do atleta iria ser julgado pelo ministro Cézar Peluso. Porém, com a aposentadoria dele, o ministro Joaquim Barbosa assumiu o caso.
Decisão recorrida
O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 29 de agosto, contra decisão do TJRJ que reduziu a pena do goleiro Bruno Fernandes
Em Minas, Bruno, o primo dele, Sérgio Rosa Sales, e o amigo Macarrão, foram pronunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vai a júri popular pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O atleta, Macarrão e Bola, seguem presos. Sérgio foi solto por ter contribuído com as investigações e acabou assassinado em 22 de agosto deste ano.