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O valor da cesta Abrasmercado registrou queda de 1,71% em agosto na comparação com julho

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

 
O consumo nos lares brasileiros acumulou alta de 2,58% de janeiro a agosto de 2023 na comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o balanço divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), ontem, em agosto o consumo se manteve estável, fechando em 0,80%. Na comparação com agosto de 2022, o crescimento é de 4,12%. O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, as quedas consecutivas nos preços de alimentos contribuíram para o aumento no volume de itens adicionados à cesta de consumo. “A estabilidade de renda, combinada com a queda nos preços dos alimentos, permitiu ao consumidor acrescentar mais itens na cesta de abastecimento dos lares e buscar itens de valor agregado, a exemplo da carne bovina”, justificou.

O valor da cesta Abrasmercado registrou queda de 1,71% em agosto na comparação com julho. No ano, a queda acumulada é de -4,89%. O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza. Os preços, em média, recuaram de R$ 730,06 para R$ 717,55. Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na região Centro-Oeste (-2,25%), seguida do Sudeste (-1,96%), Sul (-1,57%), Nordeste (-1,48%), Norte (-0,98%).
Houve recuo nos preços das proteínas animais com os cortes dianteiros, que registraram queda de 1,10% e dos cortes traseiros, de 1,78%. No ano, as quedas acumuladas são de 9,21% e 12,03%. Também registraram retração frango congelado (-2,04%) e pernil (-0,85%). Pela primeira vez no ano, os ovos caíram -3,15%.

Entre os itens básicos, o maior recuo de preço foi do feijão (-8,27%), que – no acumulado do ano –foi de -12,77%. Na comparação com meses anteriores, a queda do óleo de soja foi menor (-1,03%) e, no acumulado do ano, ela teve o maior recuo de preços (-28,86%). Outras retrações vieram da farinha de trigo (-1,79%), café torrado e moído (-1,50%) e da farinha de mandioca (-0,61%). Os recuos na cesta de lácteos foram puxados por leite longa vida (-3,35%), leite em pó (-1,30%) e margarina cremosa (-1,18%). Na cesta de higiene e beleza, as principais retrações foram registradas em sabonete (-0,62%) e xampu (-0,26%).