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Estado de Minas SERVIÇOS

Uber aposta na diversificação dos serviços, mas mantém prejuízos

Depois de lançar aplicativo para quem busca trabalho e plataforma de meios de pagamento, empresa agora apresenta app para transportar animais. Mas isso reverterá prejuízos?


postado em 10/10/2019 04:00

O balanço da Uber foi uma catástrofe, com prejuízo líquido de US$ 5,2 bilhões, que significou a maior perda trimestral de sua história(foto: Justin Sullivan/AFP)
O balanço da Uber foi uma catástrofe, com prejuízo líquido de US$ 5,2 bilhões, que significou a maior perda trimestral de sua história (foto: Justin Sullivan/AFP)




São Paulo – Nos últimos dias, a Uber iniciou um processo radical de diversificação de serviços. Em 30 de setembro, a companhia anunciou o lançamento do Uber Pay, plataforma que permitirá a realização de pagamentos por meio do celular. Uma semana depois, foi a vez do Uber Work, aplicativo que conecta empregadores e pessoas disponíveis para trabalhos temporárias. Ontem, surgiu o Uber Pets, app que permite o transporte de animais de estimação.

No mundo corporativo, a diversificação muitas vezes é um sinal de desespero. Se o ramo principal de atividade da empresa não vai bem, a saída pode ser buscar novas frentes de negócios. Não é certo que este seja o caso da Uber, mas a realidade tem sido dura para a empresa, que ficou famosa no mundo inteiro como um aplicativo de transportes.

A Uber tem enorme dificuldade para ganhar dinheiro. Embora suas receitas tenham chegado a US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre, o que representou um avanço de 14,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, o balanço foi uma catástrofe: o prejuízo líquido de US$ 5,2 bilhões significou a maior perda trimestral de sua história.

Muitos especialistas acreditam que o número recorde de lançamentos pode ser uma tentativa apressada de virar o jogo. É o caso do Uber Pets, que parece não ter potencial para trazer grandes retornos financeiros. A Uber decidiu lançar a modalidade depois de notar um aumento do número de reclamações de passageiros contra os condutores que se recusavam a transportar animais. Agora, os passageiros poderão selecionar a categoria Uber Pets no aplicativo, antes de solicitar a corrida, para acessar os carros que aceitam os bichos de estimação.

Para usufruir do serviço, será preciso pagar uma taxa extra, que pode variar entre US$ 3 e US$ 5 (R$ 12 e R$ 20, na cotação de ontem) e que será incluída no preço inicial. Os motoristas, porém, não são obrigados a oferecer a novidade. A Uber Pet estará disponível a partir de 16 de outubro em diversas cidades americanas, mas não há previsão de chegada a outros mercados.

Outra tentativa de fazer dinheiro é a Uber Work, que passará a competir em um mercado com forte potencial: o da oferta de empregos. Na Europa e nos Estados Unidos, aplicativos desse tipo são quase tão populares quanto os apps de relacionamento, atraindo milhões de pessoas interessadas em conseguir vagas, mesmo que temporárias. Neste caso, a Uber Work nasce com uma vantagem extraordinária: sua base de dados composta por mais de 100 milhões de pessoas – muitas delas certamente em busca de novas oportunidades de trabalho.

Também há alguns dias, a empresa anunciou aquela que talvez seja a sua aposta mais ambiciosa: o Uber Pay, plataforma que permitirá a realização de pagamentos por meio do celular. O serviço pretende ser um ecossistema financeiro como uma carteira digital, inspirado no já conhecido PayPal.

Os usuários poderão comprar créditos usando boletos ou fazendo depósitos em locais autorizados e, depois, realizar os pagamentos. A responsável pelo processamento da plataforma na América Latina será a fintech brasileira Ebanx, que presta serviços para Airbnb e Spotify. Além disso, a Uber também pretende criar um marketplace voltado aos “desbancarizados”.

No Brasil, a empresa também tem procurado inovar. Nesta semana, apresentou a Uber Comfort, uma nova categoria premium de viagens. Disponível nos Estados Unidos há alguns meses, a novidade permite que passageiros determinem o nível de conversa com os motoristas – escolhendo inclusive se preferem que eles permaneçam calados durante a corrida. Embora iniciativas como essas possam conquistar mais clientes, é impossível dizer se elas serão suficientes para reverter o histórico de prejuízos da empresa.


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