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Os riscos de usar o crédito bancário em tempos de crise

Especialistas afirmam que, antes de solicitar o crédito bancário, comerciantes devem analisar a real necessidade para não cair na inadimplência


postado em 22/09/2019 04:00 / atualizado em 22/09/2019 07:48

Com a crise, comerciantes recorrem às promoções e aos empréstimos(foto: cristina horta/em/d.a press)
Com a crise, comerciantes recorrem às promoções e aos empréstimos (foto: cristina horta/em/d.a press)
O crédito bancário sempre impulsiona os negócios no comércio, possibilitando o aumento do capital de giro e a expansão dos empreendimentos. No entanto, o comerciante deve avaliar algumas condições antes de solicitar um empréstimo, sobretudo no momento de crise ou na hora do aperto, quando ir ao banco parece ser a solução mais rápida. 

“Primeiro, é importante refletir sobre o que leva o comerciante a lançar mão do crédito bancário, sobretudo para giro. A grande maioria das dificuldades decorre da falta de planejamento. Em tempos de crise, é fundamental que a empresa busque administrar sua liquidez monitorando diariamente os resultados em termos de faturamento, recebimentos, inadimplência, evolução das despesas correntes e monitoramento dos custos”, recomenda Aloysio Rocha Vieira, professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

“Outra questão importantíssima é que o empresário tenha controle do ciclo financeiro do seu negócio. Através desse controle, ele saberá a real situação do comportamento de seus estoques, contas a pagar e a receber em termos de equilíbrio de prazos. Muitas vezes, a falta de capital de giro, que leva o empresário a buscar socorro bancário, decorre deste desconhecimento”, ressalta o especialista.

De acordo com Rocha Vieira, o momento mais adequado para a procura do financiamento é “aquele em que o empresário tem a certeza de que não existem medidas internas a serem tomadas para garantir a liquidez do negócio, antecipando-se à crise e indo ao banco de forma planejada”.

Na mesma linha, o consultor José Márcio Martins, do Sebrae Minas, lembra que, antes de procurar o banco, o empresário deve verificar a real necessidade do financiamento e avaliar sua capacidade de pagamento. “Somente depois de identificada a real necessidade do crédito, verificadas as possibilidades internas para o financiamento, checado com outras instituições os custos e ter se certificado de que a empresa tem capacidade de pagamento do empréstimo/financiamento”, pondera Martins.

O consultor do Sebrae Minas lembra que o recurso do financiamento bancário deve ser aplicado sempre na necessidade identificada no empreendimento, sem o chamado desvio de finalidade. Ele ressalta que se a empresa, por exemplo, precisa de máquinas e equipamentos, deverá buscar empréstimos para o investimento fixo.

Já no caso de capital de giro, ressalta o consultor, “o empresário deverá buscar linhas de financiamento para essa finalidade. Uma dica muito importante é que nunca se deve utilizar recursos de investimento fixo (aquisição de máquinas e equipamentos) para compor o capital de giro da empresa ou vice-versa. Os recursos deverão ser aplicados naquilo para que foram obtidos”, orienta.

O economista Aloysio Rocha lembra que o uso do crédito para capital de giro sempre é uma boa alternativa para o aumento de estoques e a expansão do negócio. “O financiamento de capital de giro ideal é aquele que decorre de uma ampliação da operação do negócio, ou seja, da expansão do negócio por crescimento da demanda e que exigirá ampliação de estoques e de trabalhadores. Até que o resultado desse crescimento se consolide em faturamento, a empresa terá que antecipar algumas despesas”, comenta ele.


INADIMPLÊNCIA

Mas, ao procurar o banco, quais são as condições que o comerciante deve observar para evitar problemas na hora do pagamento e não ficar inadimplente? “É importante que ele tenha clareza de sua capacidade de pagamento para negociar prazos, valores e o custo efetivo da operação, já que o custo financeiro de seu negócio irá se elevar em função do empréstimo e dificilmente ele conseguirá repassar esse custo para o cliente – o que, aliás, não deve ser feito”, alerta o consultor. “A melhor maneira de se definir um limite de financiamento/endividamento, ou seja, até onde a empresa pode e deve buscar crédito é através da real medição e gestão do seu ciclo financeiro e fluxo de caixa, no caso do capital de giro, e do estudo de viabilidade econômica, no caso do capital para investimento”, completa o economista Aloysio Rocha Vieira.

O empreendedor também deve estar atento às taxas de juros para o pagamento dos empréstimos. “As taxas de juros são determinadas pelo grau de risco que as operações de crédito apresentam. Ou seja, quanto maior o risco, maior será a taxa cobrada. Para ter acesso a melhores taxas, algumas dicas são: manter o cadastro sempre atualizado e livre de restrições; manter as informações financeiras da empresa sempre em dia; ter os bens que serão utilizados como garantias sempre em bom estado de conservação”, recomenda Martins.


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