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Estado de Minas REPARAÇÃO HISTÓRICA

Avenida de Salvador será renomeada em homenagem a Milton Santos

Professor e geógrafo foi um dos mais renomados e relevantes intelectuais brasileiros, conhecido por sua visão sobre a urbanização em países subdesenvolvidos


02/03/2022 11:41 - atualizado 02/03/2022 12:06

Duas fotos das placas Avenida Milton Santos
A Avenida Adhemar de Barros será renomeada em homenagem ao geógrafo Milton Santos (foto: Redes sociais/Reprodução)


A Avenida Adhemar Barros, nome dado em referência ao político e médio paulista e endereço do principal campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), será renomeada para Avenida Milton Santos, em homenagem ao geografo baiano, um dos acadêmicos de maior relevância no Brasil. Milton é dos nomes celebrados pelo movimento negro, e a homenagem permite que um número maior de pessoas conheça a trajetória desse intelectual negro.
 
"Em uma justa homenagem da nossa cidade, a Avenida Adhemar de Barros agora passará a se chamar Avenida Milton Santos, que era baiano e um dos maiores geógrafos da nossa terra. Ele é um dos intelectuais mais renomados do Brasil e contribuiu muito pra a formação sociopolítica do nosso país", escreveu o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), em seu perfil no Instagram.

O projeto é de autoria do vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) e a renomeação da avenida, que está com obras em andamento, será feita na inauguração da segunda etapa da requalificação da via.

Vida e obra de Milton Santos

Geógrafo Milton Santos
Milton Santos foi um dos mais renomados intelectuais brasileiros (foto: CLAUDIA GUIMARAES/FOLHA IMAGEM)


Filho de professores, Milton Santos nasceu dia 3 de maio de 1926, na cidade baiana de Brotas de Macaúbas. Formou-se em direito na Universidade Federal da Bahia, mas ficou mais conhecido com seus estudos sobre geopolítica e sobre os impactos da urbanização em países subdesenvolvidos, tendo feito doutorado em Geografia na Universidade de Strasbourg, em 1958.

Em virtude de seu trabalho, que era extremamente crítico, foi preso e exilado em 1964 devido à Ditadura Militar. Lecionou na França, Canadá, Venezuela, Tanzânia, e nos Estados Unidos, onde também foi convidado como pesquisador pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), em Boston. 

Em 1977 retorna ao Brasil e se torna professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro, de 1979 a 1983. Já na Universidade de São Paulo, atuou como professor titular de geografia humana entre 1983 e 1997, quando se aposentou e recebeu o título de Professor Emérito da USP. Em 1994, recebeu o Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud, considerado o Nobel da geografia. 

Como escritor, teve importantes obras publicadas em diversos países, como “Por uma Geografia Nova - da crítica da geografia a uma geografia crítica”, em 1978, “A urbanização brasileira”, em 1993, e “Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal”, em 2000. Milton Santos morreu em 2001, por consequência de um câncer de próstata, aos 75 anos.
 
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz 


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