Michael Caine

Michael Caine

Manfred Werner/Wikimedia commons
Aos 90 anos, Michael Caine confirmou sua aposentadoria oficial da atuação. O veterano ator britânico anunciou a notícia em uma entrevista ao programa "Today" da BBC neste sábado (14).

"Eu fico dizendo que vou me aposentar. Bem, agora vou", disse Caine. Ele havia sugerido anteriormente que sua aposentadoria do cinema estava próxima em uma entrevista ao The Telegraph no mês passado, dizendo que estava "meio que" aposentado.

Caine refletiu sobre o sucesso de sua carreira e os papéis que provavelmente lhe seriam oferecidos em sua idade.

"Eu percebi que fiz um filme em que interpretei o protagonista e ele recebeu críticas incríveis", disse Caine. "As únicas partes que provavelmente vou conseguir agora são de homens idosos, de 90 anos, talvez 85. E eu pensei: 'Bem, eu posso muito bem sair com tudo isso --recebi críticas maravilhosas. O que tenho que fazer para superar isso?'"

Ele acrescentou: "Você não tem astros aos 90 anos, você vai ter rapazes e garotas jovens e bonitos".

No entanto, ele vê valor em representar pessoas mais velhas nas telonas: "Comigo, não é tão diminuto quanto você pensa", explicou. "Lembro-me de quando era jovem conversando com homens idosos de 90 anos, e eles não eram nem um pouco como eu. Eram pequenos homens idosos com ombros curvados... E eu pensei, não sou assim, e isso mudou".

A carreira de Caine abrange várias décadas e gêneros. Ele se tornou um nome conhecido nos anos 1960, estrelando em filmes clássicos como "Zulu" e "The Italian Job". Ele colaborou várias vezes com Christopher Nolan, interpretando Alfred Pennyworth nos filmes "Batman" do diretor e também aparecendo em "A Origem" e "Interestelar", entre outros títulos de Nolan. Ele participou de comédias como "Alfie" e "Austin Powers em O Homem do Membro de Ouro".

Caine recebeu várias honrarias ao longo de sua carreira, incluindo o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por suas atuações em "Hannah e Suas Irmãs" (1986) e "Regras da Vida" (2002). Caine também foi condecorado cavaleiro pela rainha Elizabeth 2ª em 2000.