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Estado de Minas MÚSICA

Renegado volta a BH com show de aniversário de "Minha tribo é o mundo"

Na apresentação deste domingo (31/7), cantor e compositor também faz homenagem a Elza Soares e passeia pelos demais discos de sua carreira


31/07/2022 04:00 - atualizado 31/07/2022 08:34

De regata branca e bandana estampada, Renegado olha para a câmera
Renegado se mudou para o Rio de Janeiro, onde se aproximou de Elza Soares, a quem homenageia no show de hoje (foto: Denise Ricardo/Divulgação)

Morando no Rio de Janeiro desde 2019, quando se apresentou em Belo Horizonte pela última vez, o cantor e compositor Renegado rompe o hiato sem o contato presencial com o público de sua cidade natal e faz neste domingo (31/7), no Catavento Cultural, show que celebra os 10 anos de lançamento de “Minha tribo é o mundo”.

Cria do Alto Vera Cruz – comunidade de onde despontou a bordo do grupo de rap N.U.C. (Negros da Unidade Consciente) –, ele diz estar entusiasmado com a possibilidade do reencontro com seus fãs na capital mineira.

A apresentação celebra uma década de lançamento do álbum que é um ponto de virada em sua carreira, mas o repertório é bem mais abrangente. Renegado vai mostrar músicas de toda a sua discografia, desde “Do Oiapoque a Nova York” (2008) até o trabalho mais recente, “1221”, um álbum calcado em participações especiais que está em processo, com novos singles sendo apresentados periodicamente.

Clássicos da MPB 

O show conta, ainda, com versões para clássicos da música brasileira, como “Réu confesso”, de Tim Maia, “Mas que nada”, de Jorge Ben Jor, “A carne”, gravada por Elza Soares, além de sucessos atuais, como “Malvadão 3”, de Xamã, e “Freio da Blazer”, de L7nnon. A salada musical está em estreita consonância com o álbum que o show celebra, segundo Renegado.

“Quando lancei o ‘Do Oiapoque a Nova York’, comecei a acessar lugares onde pessoas que nasceram no Alto Vera Cruz normalmente não acessam; foi um disco que me possibilitou viajar muito, conhecer muitas coisas diferentes. Fui criado no rap, no funk, no samba, e aí veio o ‘Minha tribo é o mundo’, que me colocou dialogando com outros ritmos, me ensinou muito sobre me desconstruir; foi quando essa palavra começou a orbitar meus pensamentos”, diz.



Com efeito, os trabalhos que sucederam “Minha tribo é o mundo” – o DVD “Suave ao vivo” (2014) e os álbuns “Relatos de um conflito particular” (2015), “Outono selvagem” (2016) e “Suíte Masai” (2019), gravado com a Orquestra Ouro Preto – apontam para diversos caminhos além do universo hip hop. “O Renegado virou uma fusão artística. Trago na bagagem coisas que me influenciaram lá atrás, que me influenciam hoje e que eu projeto para o futuro”, afirma.

"Pensei, então, em fazer um show onde todas as tribos se encontram. Sei que meu público hoje é muito variado, vai do moleque de 15 anos à senhora de 60, o que é fruto do diálogo que me proponho a fazer. Estipulei para mim que não vou ter fronteiras"

Renegado, cantor e compositor



Sem fronteiras 

Aludindo ao título do álbum que o show celebra, ele diz que sua tribo não é uma só, são várias. “Pensei, então, em fazer um show onde todas as tribos se encontram. Sei que meu público hoje é muito variado, vai do moleque de 15 anos à senhora de 60, o que é fruto do diálogo que me proponho a fazer. Estipulei para mim que não vou ter fronteiras”, diz.

Transitando entre o pop, o pagode, o R&B e o rap, “1221” é uma reafirmação dessa postura, com Renegado soltando a voz em faixas ao lado de convidados como a jovem cantora gaúcha Mih, o produtor pernambucano de brega-funk JS Mão de Ouro, o cantor baiano Jall e o grupo carioca de pagode Bom Gosto.

O álbum, que se constituirá como tal quando forem lançados 12 singles previstos, também traz o artista ao lado de Elza Soares, com quem vinha desenvolvendo uma série de projetos pouco antes da morte da cantora, em janeiro passado, e a quem ele dedica um espaço de homenagem no show de hoje, executando, além de “A carne”, duas faixas que gravaram juntos – “Negão Negra” (2020) e “Black power” (2021).

Próximo de Elza 

“Eu me aproximei muito da Elza a partir da mudança para o Rio de Janeiro. A gente fez live, que virou show, que virou turnê. Fui a última pessoa a dividir palco com ela. No dia 19 de dezembro,  a gente fez uma apresentação para 30 mil pessoas e pouco depois ela partiu, sem dar aviso; estava muito ativa, fez as entregas todas que tinha que fazer”, recorda.

Ele diz que a convivência com ela foi um aprendizado. “Quando a gente é artista jovem, tem uma ansiedade natural de tudo. Depois, você vai perdendo essa ansiedade e, às vezes, vai ficando uma coisa, não digo automatizada, mas cotidiana. Elza nunca perdia o frio na barriga, mas, ao mesmo tempo, tinha a sabedoria de não se deixar levar demais pela emoção. Ela me acolheu e me ensinou coisas que eu precisava saber. A gente ria, se confidenciava.”

Renegado confia em que a parte do show de hoje em que presta homenagem a Elza vai emocionar o público. Ele adianta que, mais do que simplesmente música, será uma “vivência” do que foi a relação entre os dois. “Vai ser muito especial, porque a gente quis trazer uma experiência da presença da Elza para o público”, afirma.

RENEGADO

Show em celebração pelos 10 anos de lançamento do álbum “Minha tribo é o mundo”, neste domingo (31/7), às 17h, no Catavento Cultural (Rua Ozanam, 700, Ipiranga. A casa abre às 14h). Ingresso a partir de R$ 30, à venda no Gofree.










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