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Estado de Minas MÚSICA

Com pegada jazzística, Emílio Victtor lança 'Na rua'

Novo single do violonista mineiro remete à sonoridade de álbuns da cantora Madeleine Peyroux


28/12/2021 04:00 - atualizado 28/12/2021 07:48

Cantor e compositor Emílio Victtor
Cantor voltou a morar em Perdões, no Sul de Minas: terra natal o inspirou a voltar a compor (foto: Cássio Antônio/Usina da Imagem )

Comemorando 50 anos de vida e 36 de carreira, o cantor, compositor e violonista Emílio Victtor lança nas plataformas digitais o single-clipe “Na rua”. A letra foi escrita pelo artista mineiro e musicada pelo amigo e parceiro João Benedict. Com uma pegada jazzística, a canção lembra a sonoridade dos álbuns da cantora norte-americana de jazz contemporâneo Madeleine Peyroux. A direção de imagens do clipe ficou por conta do videomaker Marcos Sousa e a direção de fotografia é de Cássio Antônio.

Emílio explica que, realmente, o planejamento do single foi em função do aniversário de 50 anos e dos mais de 30 de estrada. “Em meio à pandemia, eu e minha mulher nos mudamos para Perdões, no Sul de Minas, que é a minha terra natal. Temos uma fazenda lá, que é também um espaço cultural, praticamente dentro da cidade. Além disso, Perdões é uma cidade dentro do eixo Rio/São Paulo.”

O artista, então, resolveu gravar o single “Na rua”. “Fiz a letra e mandei para o João Benedict, que é de Lavras, também no Sul de Minas. É um cara que tem uma trajetória musical bem extensa, com vários álbuns lançados. Ele fez a música, que virou uma valsa-jazz, algo meio inusitado. Lancei o single-clipe, que já está em todas as plataformas pela distribuidora Kuae.”

Emílio conta que o clipe de “Na rua” foi gravado em Perdões. “A cidade tem uma efervescência cultural incrível, com escola de teatro e uma série de outras coisas. Gravamos no Centro Cultural e o áudio foi mixado e masterizado em Los Angeles (EUA), no Brown Noise Studios, pelo engenheiro de gravação Nando Costa, indicado no ano passado ao Grammy Latino como melhor engenheiro de masterização.”

PALHAÇO CHEROSINHO 

O mineiro, além de comemorar a performance do single-clipe nas plataformas, enaltece a canção. “A letra fala sobre o cotidiano de uma rua imaginária. O texto é bem visceral, mas, ao mesmo tempo, leve. Fala das mazelas e das belezas do cotidiano de uma rua de qualquer lugar do mundo. Conto do vendedor ambulante e do trambiqueiro, entre outras personalidades.”

No clipe, o músico contracena com a modelo Gabriela Guimarães e, “de presente”, ganhou a participação do palhaço Cherosinho, do Circo Kalahary. “Ele é meu ídolo de infância e é quem faz a abertura do clipe, como se eu estivesse sonhando. Ele aparece anunciando, ‘Extra, extra! Hoje tem espetáculo, Emílio Victtor na rua!’. De repente, ele some e o clipe fecha em mim, deitado em um banco de praça.”

Emílio confessa que antes de trabalhar com música queria ser artista de circo. “Isso, por causa desse mesmo palhaço que vinha sempre à minha cidade. Esse é um dos poucos circos ainda em atividade em Minas Gerais. Sou um artista que, no início da carreira, cantou em circo e bares. Dos 36 anos de carreira, fiquei 20 cantando na noite, pegando ônibus todos os fins de semana e viajando para o interior”, relembra.

Para o artista, a estrada valeu a pena. “Construí uma carreira sólida no interior, até maior do que em BH, embora tenha morado lá por 30 anos. Tenho sempre meus shows de voz e violão lotados por essa labuta de mais de três décadas. Recebo visitas ilustres em minha página, como Ed Motta e a cantora canadense da nova geração do jazz Emilie-Claire Barlow. É uma das artistas mais fantásticas que descobri. Esse pessoal descobriu o meu som, gostou e está me colocando como se fosse artista de jazz.”

NOVA CANÇÃO 

Emílio conta que já está preparando outro single, que deverá ser lançado em fevereiro de 2022. “Devo lançar um a um e fazer um clipe de todos, porque acho que o audiovisual é muito importante. Isso até chegar ao disco cheio. Só que esse é um samba bem ao estilo Paulinho da Viola. Fiz a letra e a melodia.”

Os efeitos da pandemia no meio artístico também não deixaram de afetar o planejamento do músico. Emílio contabiliza 46 shows cancelados. “Tinha acabado de lançar o álbum autoral ‘Aranã’, que, por incrível que pareça, ainda está tendo uma repercussão muito boa no exterior. Gastei uma grana nesse disco, sem contar com a ajuda de ninguém. Aliás, todos os meus álbuns foram feitos assim, meio que na raça. Vendo o que tenho para fazer um disco, tenho essa coragem, acho que nasci para isso.”

Como investimento, Emílio contratou a Kuae para divulgar “Aranã” no Japão, Bélgica e Holanda, “Está tocando bastante por lá. Então, é um disco que ficou com uma sonoridade diferente e eles o classificaram como brazilian jazz. Na época, fiquei chateado, pois era o álbum da minha vida, investi tudo que tinha nele e a pandemia travou tudo. Então, resolvi voltar a compor, divulgando e colhendo os frutos. Abri também o mercado para São Paulo, e o pessoal de lá está curtindo bastante o disco ‘Aranã’”.

“NA RUA”
Single-clipe de Emílio Victtor
Disponível nas plataformas digitais


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