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Estado de Minas MÚSICA

De diferentes gerações, Samuel Rosa e Terno Rei têm encontro inédito

Vocalista do Skank e quarteto paulistano estão juntos no primeiro episódio de ''Conexão Balaclava'', que será transmitido neste domingo


03/10/2021 04:00 - atualizado 03/10/2021 08:46

Samuel Rosa e Ale Sater em gravação virtual
Vocalistas Ale Sater, da Terno Rei, e Samuel Rosa, do Skank, se conheceram no dia da gravação do programa virtual. Além do bate-papo, juntos vão tocar três músicas (foto: Luccas Villela/Divulgação)

Em toda a história do Skank – desde a formação em 1991 até o momento em que foi anunciado o fim de sua trajetória em 2019, o que ainda não se concretizou na inédita turnê de despedida, adiada por conta da pandemia –, é inquestionável a importância da banda mineira para a música brasileira. Tanto é que eles estão entre as principais influências da banda paulistana Terno Rei. A afinidade entre os dois grupos é tão grande que o selo Balaclava Records decidiu promover registro inédito entre Skank e Terno Re.

No primeiro episódio de "Conexão Balaclava", programa que promove encontros inéditos entre artistas da música brasileira de diferentes gerações, Samuel Rosa, vocalista do Skank, se une ao grupo paulistano formado por Ale Sater, Bruno Paschoal, Greg Maya e Luis Cardoso, neste domingo (3/10), às 18h, no YouTube. Os cinco conversam sobre suas experiências no mundo da música, trocam figurinhas sobre influências e, claro, aproveitam para tocar algumas canções de seus respectivos repertórios.

Gravado em novembro de 2020 no Artsy Club Studio, em São Paulo, o programa é o registro do primeiro encontro entre os artistas. Samuel Rosa conta que ficou sabendo do trabalho do Terno Rei após indicação de um amigo. "Ele me falou: 'Pô, tem uma rapaziada aqui em São Paulo que faz um som que eu acho que ia gostar. Eu acho que você e eles têm os mesmos discos em casa'. Aí eu escutei o som e achei muito legal. Essa banda tem alguma coisa no DNA meio 'Disco do tênis', do Lô, e alguma coisa ali dos anos 2000, do pós-britpop. E são coisas que eu escuto, gosto e balizaram a criação do Skank", afirma.

Em outro momento, o músico mineiro comenta sobre o cenário musical em que o Skank nasceu, em Belo Horizonte. "Eu acho que o Skank é muito filho de uma cena belo-horizontina noventista. A molecada de BH nos anos 1990 queria virar o jogo porque ficou muito estigmatizada a música pop da cidade e de Minas Gerais ser do Clube da Esquina, que foi predominante na década de 1970. Foi difícil virar esse jogo, mas a gente virou."

''(Um amigo) me falou: 'Pô, tem uma rapaziada aqui em São Paulo que faz um som que eu acho que ia gostar. Eu acho que você e eles têm os mesmos discos em casa'. Aí eu escutei o som e achei muito legal''

Samuel Rosa, músico e vocalista do Skank


NAS PLATAFORMAS

Dirigido por Daniel Barosa e a dupla CINZA, formada por José Menezes e Lucas Justiniano, o programa tem cerca de 30 minutos e, nele, os músicos apresentam três canções – duas do repertório do Skank e uma do Terno Rei. O registro das canções será lançado nas plataformas digitais na segunda-feira (4/10).

Idealizador do programa e um dos sócios da Balaclava, Fernando Dotta vê o encontro como a concretização de um desejo antigo. "São bandas com sonoridades parecidas e essa semelhança ficou ainda mais forte depois que o Terno Rei lançou o último álbum, 'Violeta', em 2018. Também são bandas que têm um potencial radiofônico. A gente olha para a trajetória do Skank e fica bastante impressionado com o quanto eles são uma banda que sempre se manteve atual e envelheceu muito bem."

Antes da pandemia, o "Conexão Balaclava" era um evento presencial focado no encontro entre artistas com afinidades musicais, porém de diferentes partes do país. "A ideia era juntar um dos artistas do casting do selo com nomes de outras partes do Brasil. Já fizemos edições em BH, no Rio de Janeiro e também em São Paulo", conta Dotta.
Com a paralisação dos shows por conta da crise sanitária, eles decidiram reaproveitar o nome e o conceito para lançar um projeto virtual. O encontro entre o Terno Rei e Samuel Rosa estava previsto para acontecer durante o Balaclava Digital, festival on-line realizado em outubro do ano passado. Como não foi possível conciliar a agenda do músico com a da banda, eles gravaram em novembro e o selo achou melhor esperar para lançá-lo ao longo de 2021.

REPERTÓRIO

"Esse 'Conexão' é especial. Foi com ele que a gente chegou à conclusão de que renderia um programa por si só. A ideia era que fosse tocada pelo menos uma música do Terno Rei e uma do Samuel Rosa. Como tínhamos um tempo bastante corrido, e o Samuel estava conhecendo a banda naquele dia, decidimos incluir duas do Skank e ele escolheu uma do Terno Rei para tocar", explica. As músicas escolhidas só serão reveladas ao público neste domingo, durante a transmissão do programa.

Apesar de já terem outros episódios gravados, Dotta prefere não dar nomes e detalhes sobre o que vem por aí. Também não há previsão de quando o público poderá conferir o segundo episódio do "Conexão Balaclava".

"Ainda não decidimos quanto à frequência. Nossa intenção é trabalhar muito bem cada lançamento, até a galera absorver bem cada produto. Por isso, ainda não posso anunciar outros nomes. O que posso dizer é que serão encontros entre artistas de duas gerações. A ideia é manter o projeto assim. Também é importante dizer que esse é um trabalho sem patrocínio, sem o envolvimento de marcas. É fruto de um investimento nosso mesmo. Por isso, queremos que seja feito com mais calma", explica.


CONEXÃO BALACLAVA
• Com Samuel Rosa, do Skank, e Terno Rei, neste domingo (3/10), às 18h, no canal no YouTube da Balaclava Records (youtube.com/balaclavarecords) 


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