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Estado de Minas CARNAVAL 2020

Quer fugir da folia? Confira o que há para fazer em BH (ou em casa)

Depois que BH abraçou a paixão carnavalesca, as opções culturais na durante o carnaval escassearam, mas ainda existem. Veja uma seleção de dicas


postado em 22/02/2020 08:30 / atualizado em 22/02/2020 09:14

A exposição Ndê! Trajetórias afro-brasileiras em Belo Horizonte, que trata da presença negra na capital mineira, está aberta à visitação no Museu Abílio Barreto(foto: Ricardo Laf/Divulgação)
A exposição Ndê! Trajetórias afro-brasileiras em Belo Horizonte, que trata da presença negra na capital mineira, está aberta à visitação no Museu Abílio Barreto (foto: Ricardo Laf/Divulgação)

Depois que BH abraçou a paixão carnavalesca, as opções culturais para quem não quer mostrar o seu gingado pelas ruas escassearam. Mas ainda existem. Confira nesse guia preparado pela repórter Mariana Peixoto como é possível se divertir na cidade (ou em casa) nesses dias de feriado.

COM ARTE (E, DE QUEBRA, GULOSEIMAS)

Entre os principais museus e espaços culturais de Belo Horizonte, apenas três ficarão abertos durante o carnaval, mas sem atividades especiais para o período. O Museu Histórico Abílio Barreto só fecha na segunda-feira (24), obedecendo seu calendário normal de funcionamento. O destaque é a exposição Ndê! Trajetórias afro-brasileiras em Belo Horizonte, que ressalta a presença negra na capital.

Um bom programa é conferir o museu e depois esticar logo ao lado. A Feirinha Aproxima será realizada no entorno do Abílio Barreto (ruas Bernardo Mascarenhas e Josafá Belo) durante os quatro dias de carnaval, sempre das 11h às 18h. Entre os expositores desta edição estão Tonini Charcutaria (queijos, salames e embutidos), Pizza Sur (empanadas), Classe A (cone de camarão), Chef Túlio (filé com fritas e linguiça com mandioca) e Marmitaria BH (tropeiro). Na terça (25), às 12h, André Barreto, do portal Cozinhe pra ela, fará uma aula-show aberta ao público – um arroz de bacalhau será preparado ao vivo.

Na Pampulha, a Casa do Baile funciona somente neste sábado (22) e domingo (23). A exposição Do líquido ao concreto, de Carlos Borsa, promove um diálogo entre arte e arquitetura, a partir de uma técnica de afresco desenvolvida por ele. Para quem se aventurar pela região, vale fazer um programa dois em um, com uma visita ao Museu Casa Kubitschek (fecha apenas na segunda-feira, 24).

A casa, impecável, foi projetada em 1943 por Oscar Niemeyer, com jardins de Burle Marx, para ser a residência particular de JK, quando ele foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945). Juscelino ficou pouco no local, que já nos anos 1950 foi vendido para o casal Joubert Guerra e Juracy Brasiliense Guerra. Com mobiliário modernista, a antiga residência destaca um painel de Alfredo Volpi

Já quem se aventurar a deixar a cidade, nem que seja para passar somente o dia fora, tem a opção de visitar o Inhotim, que vai funcionar normalmente. Duas atividades, para além da visitação convencional, estão programadas para os próximos dias. Na Estação Folia (11h às 15h), que vai ocupar o ateliê do Centro de Educação e Cultura Burle Marx, haverá confecção de fantasias e adereços. Também diariamente, às 14h, sairá (da Recepção) um grupo para a visita temática Comissão de Frente, que vai passar pelos destaques do parque mais fotografados e compartilhados nas redes sociais ao longo de 2019 (são 25 vagas, com inscrições no local).

CASA DO BAILE
Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha. Sábado (22) e domingo (23), das 9h às 18h. Entrada franca.

FEIRINHA APROXIMA
Encontro das ruas Bernardo Mascarenhas e Josafá Belo, Cidade Jardim. Sábado (22) a terça (25), das 11h às 18h. Entrada franca.

INHOTIM
Rua B, 20, Brumadinho, (31) 3571-9700. De sábado (22) a terça (25), das 9h30 às 17h30. Ingressos: R$ 44 e R$ 22 (meia).

MUSEU CASA KUBITSCHEK
Avenida Otacílio Negrão de Lima, 4.188, Pampulha. Sábado (22), domingo (23) e terça (25), das 9h às 18h. Entrada franca.

MUSEU HISTÓRICO ABÍLIO BARRETO
Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim. Sábado (22), domingo (23) e terça (25), das 10h às 17h. Entrada franca.


Com Isabelle Huppert no papel-título, Frankie é uma das estreias de cinema da semana(foto: Paris Filmes/Divulgação)
Com Isabelle Huppert no papel-título, Frankie é uma das estreias de cinema da semana (foto: Paris Filmes/Divulgação)

PARA COLOCAR O CINEMA EM DIA

É o programa mais óbvio e também o mais diverso, pois a maior parte das salas vai funcionar normalmente. Mas tem que ficar de olho na programação diária, já que haverá restrição de horário em alguns cinemas. Para quem não está a fim de esquentar muito a cabeça, três estreias da semana são bem descompromissadas. O blockbuster Dolittle, campeão de salas (está em cartaz em 34 cinemas da Grande BH), é um remake da história sobre um excêntrico veterinário que conversa com animais. Robert Downey Jr. protagoniza a nova versão, que nos anos 1990 teve Eddie Murphy no papel principal. Mas é bom avisar logo: a crítica fez cara feia.

Ainda na seara das produções bem comerciais, outra estreia é Maria e João – O conto das bruxas. O conto de fadas ganha uma versão bem a cara dos tempos atuais. É Maria a protagonista, que carrega o peso de cuidar do irmão mais novo quando os dois se perdem numa floresta. Por falar nisto, Harrison Ford, do alto de seus 77 anos, protagoniza outro “filme família”. Em O chamado da floresta ele é John Thornton, que mora na região de Yukon (Canadá) durante a Corrida do Ouro no século 19, e faz amizade com o cachorro Buck, nascido na Califórnia e roubado para ser vendido como cão de trenó.

Para quem quiser um drama adulto a opção é Frankie, produção do americano Ira Sachs com roteiro do brasileiro Maurício Zacharias, estrelada pela francesa Isabelle Huppert e ambientada na cidade portuguesa de Sintra. Em um momento crucial de sua vida, a personagem-título, uma atriz do cinema francês, reúne a família para uns dias de férias em Portugal. Só que, para além de dias idílicos na cidade histórica, há um acerto de contas à espera de todos. Há situações dramáticas, mas tudo bem low profile, por vezes morno demais. Vale pelo elenco e pelo cenário.

Para os atrasados, ainda tem o rescaldo do Oscar. O sul-coreano Parasita, grande vencedor desta edição (quatro estatuetas, incluindo melhor filme e diretor), continua fazendo bonito nos cinemas. Em cartaz desde 7 de novembro (e atualmente em seis salas), o filme de Bong Joon-ho mostra a infiltração de uma família pobre em uma família rica de Seul. Ambas têm a mesma configuração: pai, mãe e um casal de filhos. Mas o abismo social que os cerca parece intransponível, a convivência só vai reforçar isto.

Outro dos filmes do Oscar que deve ser visto no cinema é 1917. O épico de guerra de Sam Mendes, que, merecidamente, garantiu a Roger Deakins o troféu de melhor fotografia (também venceu nas categorias de efeitos visuais e mixagem de som), acompanha uma jornada de vida e morte de dois jovens soldados durante um dia da Primeira Guerra Mundial. Não custa nada lembrar, o filme fez fama por criar um plano-sequência ilusório de duas horas de duração. O espectador acompanha a saga de uma forma quase imersiva.


Vencedor do Urso de Ouro em Berlim em 2019, Synonymes chega à TV brasileira, no Canal Brasil, no domingo(foto: Fênix Filmes/Divulgação)
Vencedor do Urso de Ouro em Berlim em 2019, Synonymes chega à TV brasileira, no Canal Brasil, no domingo (foto: Fênix Filmes/Divulgação)

PREGUIÇOSO, NO SOFÁ DE CASA

Este é o carnaval de quem não quer nada com a dureza. Quem ficar em casa pode se deleitar no sofá. Já foi a época em que a TV só passava reprise em feriados prolongados. Tem coisa boa tanto nos canais convencionais quanto no streaming.

Neste sábado (22), às 23h10, o Canal Brasil lança Greta (2019), filme de Armando Praça protagonizado por Marco Nanini. No drama, ele é um enfermeiro que se envolve no crime para conseguir uma vaga em hospital para uma amiga trans. É para quem está a fim de fugir da alegria da folia, pois o filme é bem triste – trata de velhice, homossexualidade e solidão.

Também no Canal Brasil, só que no domingo (23), às 23h10, será lançado Synonymes, produção franco-israelense que venceu o Urso de Ouro do Festival de Berlim de 2019. Dirigido por Nadav Lapid, o filme acompanha Yoav (Tom Mercier), um jovem israelense que compra uma passagem apenas de ida para a França com o objetivo de se livrar da loucura que acredita ter tomado conta de seu país. O título se refere ao fiel companheiro de Yoav em Paris – o dicionário, que faz com que ele não se canse de enumerar sinônimos.

Ainda no domingo dá para maratonar The walking dead, o épico de zumbis. A partir das 16h, a Fox exibe os oito episódios da primeira parte da décima temporada da série. Isto é um preparativo para a estreia da segunda parte, às 23h, no mesmo canal – na sequência, à 0h30, o retorno de TWD estará disponível no Fox Premium 2 e no app da Fox.

Na segunda (24), às 23h30, o Curta! lança a série 101 canções que tocaram o Brasil, protagonizada por Nelson Motta e baseada no livro que ele lançou quatro anos atrás. Em 13 episódios, o jornalista, escritor, produtor musical, testemunha de boa parte da produção brasileira dos anos 1960 para cá, conta as histórias de canções de Chico Buarque, Tom Jobim, Milton Nascimento e Roberto Carlos. O episódio de estreia, para não fugir do clima, será em torno do samba. A partir de Ó abre alas (1899), de Chiquinha Gonzaga, Motta apresenta casos curiosos de Pelo telefone (1916), Carinhoso (1917) e Palpite infeliz (1936).

No streaming, uma boa aposta para ficar longas horas em frente à televisão é Hunters, série em 10 episódios que acabou de estrear no Amazon Prime Video. Al Pacino protagoniza a trama, que acompanha um grupo de caçadores de nazistas na Nova York de 1977. Já na Netflix imperdível é assistir Adam Sandler no filme Joias brutas. No longa de Josh e Benny Safdie, ele é Howard Ratner, um joalheiro e apostador compulsivo que vive no fio da navalha. Ele dá, literalmente, a cara a tapa, pois coleciona desafetos decorrentes de dívidas. A vida de contravenções, embalada por pedras valiosas (garimpadas até na Etiópia) e pela admiração de um expoente do basquete (papel de Kevin Garnett), vem embalada por uma estridente trilha sonora.


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