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Estado de Minas

Cante (e entenda) o Hino Nacional Brasileiro

Livro infantil de Dad Squarisi e Márcia Duailibe esclarece dúvidas sobre o símbolo da pátria. Útil para os adultos, ele explica o significado de palavras e frases 'complicadas'


postado em 07/09/2019 04:00 / atualizado em 07/09/2019 11:54

Ilustrações de André Cerino remetem a desenhos feitos por crianças(foto: André Cerino/divulgação)
Ilustrações de André Cerino remetem a desenhos feitos por crianças (foto: André Cerino/divulgação)

 

Em todo 7 de setembro, a jornalista Dad Squarisi traz em seu blog, com dicas de português, explicações detalhadas – ou “tim-tim por tim-tim”, como ela gosta de dizer – do Hino Nacional Brasileiro. “Sempre faz o maior sucesso. As pessoas adoram cantá-lo, mas têm dificuldades de compreendê-lo, porque se trata de uma obra sofisticada e complexa”, observa.


Recentemente, ela comentou a questão com o editor Álvaro Modernell, do selo Mais Amigos,  e ele sugeriu-lhe fazer um livro com a temática voltado para crianças. “Lançamos em junho Venha conhecer o Brasil, que foi a publicação mais vendida na Feira do Livro de Brasília deste ano. É uma maneira de valorizar a brasilidade, o amor à pátria”, diz Álvaro.

Nas entrelinhas do Hino Nacional, que traz textos de Dad (colunista dos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense) e da paraense Márcia Duailibe Forte, será lançado em Brasília neste Dia da Independência. Não é mera coincidência. “O maestro Francisco Manuel da Silva compôs a melodia em 1822, ano da Independência. A letra só foi escolhida em 1922, por concurso público, justamente para celebrar o centenário do acontecimento histórico. Osório Duque-Estrada ganhou o certame”, explica Dad.

Nosso maior desafio foi encontrar um jeito interessante de detalhar o hino para os pequenos. A história de fundo mescla aventura, descoberta de tesouro e mistérios envolvendo três estudantes: Pedro, Laura e Bruninho. O livro traz o passo a passo de cada estrofe, com direito a glossário de várias palavras, entre elas lábaro (bandeira), fúlgidos (brilhantes, luminosos), penhor (garantia, certeza) e fulguras (brilhas).

“Como o hino foi escrito numa outra época, foi feito de uma forma diferente daquela como escrevemos hoje. O autor inverte a ordem e usa muito a personificação, ou seja, tem sempre alguém conversando com as nossas estrelas, nossas florestas”, explica.

RETUMBANTE 

A primeira frase – “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heroico brado retumbante” – é exemplo desse estilo. “Quando a gente escreve o verso na ordem direta, fica mais fácil compreender: As margens plácidas ouviram o brado retumbante de um povo heroico. Há uma personificação das margens. Foram elas que ouviram e não uma pessoa”, observa Dad.

Márcia Duailibe lembra que boa parte dos hinos de países é voltada para guerra e sangue. No caso brasileiro, há a exaltação das riquezas e do povo. “A melodia e a letra são lindos. Te confesso que após fazer essa pesquisa, meu olhar mudou. Hoje, canto o hino e me arrepio ainda mais, porque entendo cada verso. Descobri que é uma obra muito mais poética, rica e cheia de significados e beleza. Esse projeto é bacana porque apesar de ser dedicado à garotada, vai servir para os pais”, destaca.

Dad Squarisi salienta como o hino brasileiro é reflexo da época em que foi criado. “A temática é romântica. Era um período de exaltação do Brasil, do povo, das belezas naturais. Por isso tem esse viés bem nacionalista. Mas ele não perdeu o sentido, muito pelo contrário. Precisamos valorizar e amar o que o nosso país tem de bom”, reforça a jornalista.

Em 21 de setembro, Dad virá a BH. Ela vai lançar outro livro, Grandes amores da mitologia, com sessão de autógrafos na Quixote. “Para quem quiser aproveitar, posso autografar Nas entrelinhas do Hino Nacional, que já está sendo vendido no site da editora”, avisa.

LÁPIS DE COR 

As ilustrações ficaram a cargo do cartunista, webdesigner e artista plástico pernambucano André Cerino. “Sempre procuro aproximar meu desenho do desenho lúdico da criança. Por isso, acho que meu traço faz lembrar algo feito com lápis de cor ou de cera. É mais um prazer do que um trabalho”, destaca.

No projeto gráfico, André procurou destacar alguns trechos do hino para facilitar o entendimento do leitor, além de privilegiar as cores da bandeira – verde, amarelo, azul e branco. “Esse livro é importantíssimo, pois trata de um símbolo nosso de maneira didática e divertida. O projeto, certamente, pode ser explorado e ampliado”, conclui.


NAS ENTRELINHAS DO HINO NACIONAL

Texto: Dad Squarisi e Márcia Duailibe Forte
Ilustrações: André Cerino
Editora Mais Amigos
32 páginas
R$ 39,90
À venda em www.editoramaisamigos.com.br



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