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Quebrar barreiras

Consulta ao urologista uma vez ao ano deve fazer parte dos cuidados com a saúde do homem. É preciso entender que prevenir é a melhor escolha contra o risco real do câncer de próstata


postado em 04/11/2018 05:06

Urologista Arnaldo Fazoli: %u201CUm a cada seis homens vai ter câncer de próstata%u201D(foto: Arquivo Pessoal )
Urologista Arnaldo Fazoli: %u201CUm a cada seis homens vai ter câncer de próstata%u201D (foto: Arquivo Pessoal )

 

 

 

 











“Um a cada seis homens vai ter câncer de próstata.” A afirmação em tom de alerta é do urologista Arnaldo Fazoli, do Conselho Científico do Instituto Oncoguia e do Grupo de Próstata do Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). “O paciente tem que entender que o mais importante é evitar problemas futuros. Homens são imediatistas, costumam pensar frente ao problema e resolvê-lo. Caso ele não exista ou não tenha dado sinais de existir (ainda não o descobriu porque não apresentou nenhum sintoma ou não foi fazer os exames de rotina para descobri-lo), não têm por que se movimentar. Ou seja, não vão ao médico e ficam em estado latente.”

O número revelado acima por Arnaldo Fazoli é mais do que um chamariz, é um aviso para que o homem se preocupe, e muito, com o risco de virar estatística. “É nele que nos baseamos para que o homem preste atenção na sua saúde. Muitos pacientes me dizem: ‘Preocupo-me com a saúde, mas como não sinto nada...’. Aí está o risco, já que, se forem esperar sentir algo para procurar um médico, pode ser tarde demais.” Parece óbvio, mas a maioria continua negligenciando. No entanto, é cada vez mais raro o homem fugir do médico ou só ser levado por uma mulher. Ele está mudando. “Nos últimos anos, muitos homens estão percebendo que só há vantagens em fazer os exames preventivos, de rastreamento e o diagnóstico precoce.”

Apesar da alta incidência, Arnaldo Fazoli enfatiza que 90% dos casos diagnosticados em fase inicial têm cura. “Tanto se fala sobre o câncer, a cura já chegou ao de próstata. Mas, desde que o diagnóstico e o tratamento ocorram em fase inicial.” O bom é que a informação tem despertado o sexo masculino, principalmente iniciativas como a do Novembro Azul. “A campanha atinge um número de pacientes cada vez maior e todos saem ganhando. O importante é que falem sobre o assunto e saibam da real necessidade de ir a um urologista ao menos uma vez ao ano.”

Ao falar em próstata, o sinal vermelho acende para os homens quando pensam no temido exame de toque retal (agora chamado de toque prostático). “É o exame físico para detectar algum nódulo, já que, às vezes, a informação de risco do câncer de próstata não estará clara nos exames de sangue ou de imagem (como o ultrassom e a ressonância magnética). O homem pode ou não fazer. Não é obrigatório, mas, ao escolher não, deixará de fazer um diagnóstico que pode ter cura.”

É preciso deixar de lado o preconceito, que não é só antigo, mas inconcebível se pensarmos na saúde, no bem-estar físico e emocional. “Já passou da hora de o homem quebrar essa barreira com o urologista. Ele não deve ter medo, já que, consultá-lo, significa evitar problema futuro. Nada de ter vergonha, se preciso, nada de contar aos amigos e ter de lidar com brincadeiras. Ninguém tem de saber. O fundamental é se conscientizar do valor de uma vida saudável, que requer prevenção.”



Novo medicamento, nova esperança

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar medicamento para pacientes com câncer de próstata. A apalutamida é um inibidor do receptor de andrógeno, indicado em combinação com terapia de deprivação androgênica (ADT), para postergar o aparecimento de metástase naqueles pacientes que já fizeram o tratamento localizado, receberam ADT e, ainda assim, apresentam aumento do PSA (marcador sanguíneo). O novo medicamento demonstrou diminuir em 72% o risco de progressão para metástase ou de morte e proporcionou 40,5 meses de sobrevida livre de metástase (mediana), o que representa um ganho de dois anos quando comparado ao placebo (16,2 meses). “Esse medicamento representa grande avanço para uma situação grave do câncer de próstata que já falhou ao tratamento hormonal. A apalutamida possibilita postergar o aparecimento da metástase, que é justamente a parte mais temida da doença, e adia também os efeitos secundários desse processo, impactando positivamente na qualidade de vida do paciente”, destacou Fernando Maluf, oncologista clínico e diretor médico do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. “O Brasil é o quinto país a receber a aprovação de apalutamida”, disse Telma Santos, diretora médica da Janssen Brasil. Agora, o produto passará por processo de aprovação de preço na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).


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