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Estado de Minas Lavoura

Nova safra recorde em Minas

Com destaque para soja e milho, estado deve colher 14,3 milhões de toneladas de grãos em 2019/2020 em uma área cultivada de 3,51 milhões de hectares, segundo a Conab


17/02/2020 04:00

Carro-chefe na produção de grãos no país e em Minas, soja teve área de cultivo ampliada em 2,2% no estado(foto: Advanta/Divulgação %u2013 1/10/15)
Carro-chefe na produção de grãos no país e em Minas, soja teve área de cultivo ampliada em 2,2% no estado (foto: Advanta/Divulgação %u2013 1/10/15)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a projeção da produção de grãos no Brasil no período 2019/2020, com a estimativa de novo recorde no país e em Minas Gerais. A projeção do cultivo de grãos, iniciada no segundo semestre de 2019 e com término em julho deste ano, está próxima de 251,1 milhões de toneladas, recorde da produção brasileira. Se confirmado, o resultado será 3,8% maior do que o obtido em 2018/2019, com aumento de 9,1 milhões de toneladas. A expectativa é de 64,8 milhões de hectares de área cultivada, variação de 2,5% em comparação à safra anterior, com acréscimo de 1,6 milhão de hectares. Em Minas, a previsão da Conab é que á área cultivada passe de 3,45 milhões de hectares para 3,51 milhões de hectares, com crescimento de 1,6%. Já a produção deve registrar 14,3 milhões de toneladas de grãos, o maior volume da história com uma expansão de 0,6%.
 
Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão na primeira safra, representando 10% da produção total, atrás apenas do Paraná. A colheita do grão no território mineiro foi prevista em 565,9 mil toneladas na segunda safra. O arroz foi o produto que apresentou maior variação positiva na safra 2019/2020 em Minas Gerais, com aumento de 14,3%, seguido pela soja (4,4%) e o feijão (4,3%). O algodão (-8,1%) e o milho (-1,9%) apresentaram variação negativa comparativamente à safra anterior.
 
Nesta safra, os destaques são a soja e o milho primeira safra, cujas produções devem alcançar 5,29 milhões e 4,8 milhões de toneladas, respectivamente. De acordo com Caio Coimbra, engenheiro agrônomo e analista do agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), o salto da produção, alavancado pelo milho e a soja, deu-se “pelo fato de a procura por cereais no mercado externo estar aquecida, principalmente na China”. Além disso, explica, produtores se modernizaram e investiram no pacote tecnológico. As boas condições climáticas também contribuíram.
 
Há diferenças de metodologia adotadas por órgãos do setor em relação ao período de duração das safras. A Conab considera um ciclo que vai de julho a junho do ano seguinte, já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera o que foi produzido durante os 12 meses do ano.

Arroz e feijão Minas Gerais fica atrás do Paraná na produção da primeira safra de feijão, representando 10% da oferta total do Brasil. Na segunda safra, é o terceiro maior estado produtor do grão. A área cultivada aumentou em 5,6 mil hectares (1,5%) entre as duas últimas safras. Já a produtividade se expandiu em 2,7%, acréscimo de 40 kg por hectare. A produção foi o segmento que mais aumentou (4,3%), com diferença de 23,3 mil toneladas.
 
Com apenas uma safra durante o ano, a colheita do arroz tem início em fevereiro e se intensifica em março. O grão é cultivado em dois regimes, sequeiro e irrigado. Segundo o superintendente de informações da Conab, Cleverton Santana, a área do sequeiro aumentou 42% em relação à safra passada, já a do irrigado se manteve a mesma. Na atual safra, essa área apresentou evolução de 31,4%, atingindo 4,6 mil hectares plantados, e a produção aumentou em 1,4 mil toneladas (14,3%). Em contrapartida, a produtividade registrou variação negativa (-13,2%).

Milho O cultivo do cereal na primeira, segunda e terceira safras deve alcançar cerca de 100 milhões de toneladas em todo o país, com crescimento de 0,4%. Em Minas, houve decréscimo da produtividade na safra 2019/2020 (6.238 kg/ha) em relação aos 6.443 kg/ha registrados na safra passada. Em relação à área, houve avanço de 1,3%, com 1.184,3 mil hectares plantados.
 
A produção foi comprometida devido ao estado ter enfrentado estiagem mais prolongada na primeira safra, entre outubro e novembro. Já a segunda é plantada depois da colheita da soja e, por esse motivo, apontou resultados negativos tanto na produtividade quanto na produção. Na safra anterior, produtores investiram em alta tecnologia e foram beneficiados pelo clima na região. Mesmo assim, devem ser produzidas 4,8 milhões de toneladas nesta safra

Algodão De acordo com o superintendente de informações da Conab, Cleverton Santana, a produção total de algodão atingiu o pico no mercado internacional na safra passada. A queda na colheita na safra atual ocorreu por dois motivos. “O primeiro indicativo se deve ao fato de a área de plantio ser menor do que a da safra passada. Além disso, apesar da boa rentabilidade, o algodão tem custo de produção muito elevado. Por esse motivo, os produtores optaram por outras culturas”, explica.
 
O levantamento destaca que na safra de 2019/2020 houve queda de 5,6% da área plantada, o equivalente a 2,4 mil hectares, em vista dos 42 mil hectares cultivados na safra passada. A produtividade também apresentou baixa (-2,6%) na comparação das colheitas, sendo 1.566kg/ha. A produção de 62 mi toneladas não foi suficiente para manter o resultado positivo e houve queda de 8,1%.

Soja Carro-chefe da produção de grãos no Brasil, a soja tem obtido bons resultados. Movida pelo aumento do plantio e pela crescente na produtividade (2,1%), a produção estimada para a nova safra é de 5,299 milhões de toneladas, aumento de 4,4% em relação a 2018/2019. Outro motivo desse bom desempenho é a maior procura da commodity no mercado externo, estimulando produtores a investir em maquinário e no desenvolvimento de sementes com maior potencial.
 
De acordo com a Conab, as lavouras de soja, que ocupam área 2,6% maior no território brasileiro, começam a ser colhidas registrando boa produtividade, mantendo a tendência de crescimento das últimas safras. Por essa razão, agricultores mineiros expandiram em 2,2% a área plantada, totalizando 1.610, 2 mil hectares.

* Estagiário sob supervisão de Marcílio de Moraes



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