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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

América vira a chave com vitórias cruciais na Copa do Brasil e Brasileirão

Contra o Botafogo, o Coelhão malvado mostrou que consegue tirar da cartola um futebol muito melhor do que estava apresentando


07/07/2022 04:00 - atualizado 07/07/2022 07:56

Vitória do América sobre o Botafogo
Jogadores do América comemoram um dos gols da goleada por 3 a 0 em cima do Botafogo, no Independência, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)


Não quero me gabar, mas também não consigo esconder. Como sou pé-quente, aliás, pé de coelho! Cravei na última coluna – assim como em várias outras no ano passado e também antes da nossa vitória contra o Atlético – que o América iria jogar a partida do ano contra o Botafogo para ganhar e virar a chave de vez, até mesmo no Brasileirão.

Então, como bom mineiro, fui quietinho para o Independência. Não se estranhe de me ouvir falando isso. É porque atualmente não moro em BH, mas saí de Uberlândia confiante que o Coelho precisava do meu apoio. É nessas horas que o torcedor faz a diferença.

Na verdade, embora não tenha ido à capital mineira apenas pelo jogo, ele foi um dos grandes motivos, sim. Mas, de fato, o mar não estava para peixe. Era bem arriscado. O América vinha de péssimos resultados e o Bota, de alguma forma, estava mais inteiro.

A história foi a seguinte: vesti minha verde e preta retrô. Relembrando os velhos tempos, cheguei duas horas mais cedo no estádio. Como é bom sentir aquele cheiro da Pitangui, que mistura as essências do bolinho de feijão, tropeiro, a fumaça da cerveja gelada e o suor daquela coelhada sofrida. Os gritos começam tímidos e vão aumentando. É sentir em casa.

Antes de buscar meu ingresso especial com a assessoria do América, ali pertinho da entrada dos carros e ônibus, parei na Silviano Brandão e fui subindo aquele morro. Quantas histórias – muitas glórias, muitas frustrações. Faz parte. Mas é caminhando que se aprende. Segui.

Virando a curvinha ali à esquerda, chegando à Pitangui, o primeiro “frame” de enquadramento ocular é lindo: o sol ainda brilhava por volta de 17h15, criando uma paleta de cores que dava o plano de fundo perfeito para o estádio em primeira pessoa. Isso é América. O verde combina com toda a esperança, sempre. E o ônibus do América chega justamente nesta hora. É real.

Desde menino, estamos acostumados a visitar a nossa própria casa, e que bom que não vamos dividir com ninguém mais. Não importa se a torcida não é grande, mas os poucos são guerreiros. Pego então meu ingresso e me dirijo ao tropeiro. Qualquer um serve. Todos têm gosto de pré jogo e me parecem o prato perfeito para o momento.

O adversário é carioca, a torcida deles compareceu. E daí? Nós estamos em casa. E a festa foi completa. Uma pancada de três a zero e uma vitória inquestionável. Só alegria. Eu precisava que desta vez fosse assim – e não deu outra. Saí de longe, confiei e venci. Vencemos.

A saída aos cantos orgulhos de Coelho foi ainda melhor. Voltar para casa e golear um grande do Rio é sempre bom. Os dias de glória sempre chegam, mais cedo ou mais tarde. Fui ao Horto e voltei muito mais feliz. E não deu outra: viramos a chave!

Tanto viramos que já conseguimos recuperar no Brasileiro com uma vitória mais do que suficiente em cima do Goiás e, agora, estamos mais vivos do que nunca na Copa do Brasil. O ano está só “começando” para o América. Ser Coelho é bom demais!
 
 

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