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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Em pane mental, Bolsonaro oscila entre Dilma e Magda

Nessa sexta-feira (28), naquele cafofo improvisado às portas do Alvorada, o presidente só faltou querer estocar vento


29/05/2021 07:38 - atualizado 29/05/2021 11:46

(foto: Evaristo Sá/ AFP )
(foto: Evaristo Sá/ AFP )
Michelle Bolsonaro, a primeira-dama receptora de cheques de miliciano, também conhecida como ‘Micheque’ pela sabedoria popular, deve ter colocado erva podre no café da manhã de ontem do maridão. 

Ao parar no chiqueirinho (agora coberto), na saída do palácio, como sempre faz, o verdugo do Planalto respirou fundo, olhou para sua tigrada e cuspiu marimbondos por todos os lados e em todas as direções.

Sobre o Ministro Marco Aurélio Mello, decano do STF: “quem segura o salário dele é a economia que eu segurei, com as medidas para compensar as demissões que iriam acontecer em massa, essa é a verdade”.

Se já não fosse complicado o suficiente compreender o português deste ignóbil, o raciocínio que emprega torna tal tarefa praticamente impossível. “Quem segura o salário é a economia que eu segurei”. Oi?

Ao que parece, o amigão do Queiroz acredita que criou medidas (quais?) e que, com isso, compensou (como?) demissões que iriam ocorrer em massa, e assim segurou o salário do ministro. Entenderam?

Mais tarde, sobre a Petrobras, mandou: “o novo presidente está ultimando aí um estudo com o conselho novo também, que foi colocado lá para ter previsibilidade no aumento dos combustíveis”. Então, tá.

Imagino que “ultimando” seja finalizando, mas o que importa é: os aumentos irão continuar e, ao contrário do que prometeu e reafirmou estes dias, não há como a estatal não repassar as altas internacionais do Petróleo.

Sobre voto auditável, que chamou de “aditável”, disse: “eu acho que eu fui eleito porque tive muito voto, senão não teria vencido a eleição”. Bem, vencer eleição é isso; muitos votos e, essencialmente, mais que o adversário.

Se Dilma Rousseff estivesse presente, lhe diria: “cala a boca, Magda!”. E se você não conhece a Magda, recomendo que a conheça (personagem do Sai de Baixo, da Globo, interpretada por Marisa Orth, a partir de 1996).

Sim, porque até para os padrões da saudadora de mandioca, o pensamento e as falas do pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais estão mais desorientados que biruta de aeroporto sob tormenta tropical.

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