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Estado de Minas BRASIL EM FOCO

Fracassado, leilão do pré-sal deixa lições para um governo liberal

Primeiro teste para o país atrair investimentos, após aprovação da reforma da Previdência, não teve a participação esperada de grandes petroleiras e nem concorrência


postado em 14/11/2019 04:00 / atualizado em 14/11/2019 07:50

Plataforma da Petrobras: à exceção da estatal e sócias chinesas, nenhuma de mais de uma dezena de empresas habilitadas ao leilão apresentou proposta(foto: Felipe Dana/Agência Petrobras de Notícias 9/12/08)
Plataforma da Petrobras: à exceção da estatal e sócias chinesas, nenhuma de mais de uma dezena de empresas habilitadas ao leilão apresentou proposta (foto: Felipe Dana/Agência Petrobras de Notícias 9/12/08)

Primeiro teste de atração de investimentos estrangeiros depois da aprovação da reforma da Previdência, promulgada terça-feira, o leilão de quatro áreas do pré-sal na Bacia de Santos, na semana passada, foi um fracasso do ponto de vista de participação das gigantes do setor. O go- verno liberal vendeu as duas áreas para exploração de petróleo para a estatal Petrobras em parceria com estatais chinesas. Das quatro áreas oferecidas, só duas foram arrematadas e das cerca de 12 empresas que se inscreveram para o certame, entre elas Shell, BP e Total, entre outras estrangeiras, nenhuma apresentou oferta. Todas ficaram de fora e as chinesas entraram com participação minoritária em consórcio com a petrolífera brasileira.

No dia seguinte ao leilão de partilha do pré-sal, houve nova rodada do excedente da cessão onerosa onde apenas a Petrobras, em consórcio com a estatal chinesa, fez oferta para um bloco, ficando outros quatro blocos sem compradores. No primeiro, o governo esperava arrecadar R$ 106 bi- lhões e ficou com R$ 69,96 bilhões, enquanto no segundo, dos R$ 7,85 bilhões esperados levou R$ 5,05 bilhões. Em nenhum dos dois leilões houve disputa ou ágio. Não à toa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se disse “apavorado” com os resultados da “venda” de áreas de exploração de petróleo. Na contramão do presidente Jair Bolsonaro, que não viu fracasso. De fato, foi o maior valor arrecadado até hoje em um leilão do setor de petróleo em termos de bônus de assinatura (valor pago pelo direito de exploração) e R$ 70 bilhões são R$ 70 bilhões.

Para Guedes, o resultado foi consequência do modelo de partilha, no qual vence quem ofertar o maior lucro ao governo. Bolsonaro também considerou que esse não é o modelo ideal e foi além, dizendo que quer rever o direito de preferência que a Petrobras tem sobre a venda dos campos de petróleo, muitos deles descobertos e já em início de exploração por ela. Nas contas de Guedes, o sistema de concessão, pelo qual ganha quem pagar o maior preço, seria mais adequado. Mas o fracasso do leilão teve outros motivos e se daria da mesma forma se o modelo fosse de concessão.

Para especialista, o preço mínimo fixado pelo governo foi muito alto. Provavelmente por serem campos que estão em início de produção e de baixo risco geológico, o governo imaginou que poderia cobrar mais caro. Errou. Além disso, como já trabalha nesses campos desde 2010, a Petrobras terá direito a receber R$ 34,6 bilhões em ressarcimento pela revisão no contrato da parte que já havia sido concedida a ela há 9 anos. Mas há um ponto que não entra nessa conta diretamente, mas pesa para os investidores estrangeiros. Ainda há incertezas com relação ao futuro do país, mesmo após a aprovação da reforma da Pre- vidência e o encaminhamento de outras medidas para reduzir o tamanho do Estado na economia.

Projetos de petróleo têm maturação de longo prazo e hoje as próprias grandes empresas de petróleo buscam oportunidades com o máximo de segurança em relação à remuneração do capital em um período longo. E essa exigência de segurança é crescente em um mundo onde a corrida por energias limpas tende a reduzir o mercado para os combustíveis fósseis. Nesse contexto, as petroleiras estrangeiras decidiram aguardar um pouco mais de clareza sobre o ambiente de negócios no Brasil. Leia-se segurança jurídica e livre mercado, que inte- ressam não apenas a petroleiras, mas a também a empresas de energia, de infraestrutura, de telecomunicações e outras áreas.

Concessão ou partilha podem facilitar ou dificultar um leilão de privatização, mas não são fatores que determinam ou não a participação de investidores estrangeiros, que miram viabilidade econômico-financeira e retorno do capital aplicado. Que os problemas registrados na venda das áreas de petróleo do pré-sal sejam assimilados pelo governo na hora de tirar do papel seu ambicioso plano de privatizações e concessões, com expectativa de investimentos de mais de R$ 200 bilhões até 2022.

Dívida explosiva
US$ 188 trilhões
É o valor da dívida mundial dos setores públicos e privados atualmente, segundo o FMI, o que equivale a 230% do PIB mundial.


Bom pra cavalo
De olho em um mercado que fatura R$ 17 bilhões por ano e vem crescendo mais de 12% anuais há uma década, a Klopr, startup acelerada pela Overdrives – Centro de Inovação da Uninassau Recife, se tornou um marketplace com negócios que vão da venda de produtos a cavalos, com lojistas de todo o país. Atualmente, entre consumidores e vendedores, a plataforma digital do mundo equestre já conta com mais de 120 mil pessoas conectadas.


Elas no café
Mais de 800 mulheres vão participar na semana que vem do encontro anual da Aliança Internacional das Mulheres do Café do Brasil (IWCA Brasil), formada por profissionais envolvidas em toda a cadeia produtiva cafeeira. Virão ao Brasil representantes de 12 países para o encontro, que faz parte da programação da Semana Internacional do Café (SIC) 2019. Na cafeicultura elas atuam do cuidado da terra para o plantio e planejamento de lavouras ao mercado das cafeterias e indústrias.








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