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Estado de Minas coluna do jaeci

Eu venho avisando que Ancelotti é um blefe da CBF

Tomara que eu esteja enganado, pois gosto muito do trabalho do italiano, mas tenho minhas restrições, pois quando pegou times medianos, não conseguiu taças


19/07/2023 04:00 - atualizado 19/07/2023 23:35
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O presidente do Real Madrid, Florentino Perez (E), conversa com o técnico do time espanhol, Carlo Ancelotti, em jogo da Liga dos Campeões
O presidente do Real Madrid, Florentino Perez (D), conversa com o técnico do time espanhol, Carlo Ancelotti, em jogo da Liga dos Campeões (foto: JAVIER SORIANO / AFP - 28/5/22)


O jornal espanhol “Marca” relatou que “Ancelotti ligou para o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e disse que irá ficar no Real Madrid até 2025”. Ednaldo não quis dar entrevista, mas negou que isso tenha acontecido. Porém, continuo batendo na tecla que bato há algum tempo: acho que Ancelotti é um blefe e que Diniz será efetivado, em breve. Já escrevi e gravei no meu canal de YouTube que duas fontes com as quais converso sempre, no Real Madrid, me garantiram que Florentino Perez, presidente do clube merengue, não o deixará sair e que dará a ele um novo contrato em janeiro. A intenção do presidente da CBF foi a melhor possível, tentando contratar um técnico com o apoio de 100% dos brasileiros, e um dos melhores do mundo. Porém são realidades completamente diferentes. Ancelotti nunca dirigiu seleção nenhuma e, quando treinou equipes medianas, não conseguiu destaque. Fracassou no Napoli, nas temporadas 2018/2019, e no Everton, nas temporadas 2019/2021, quando voltou para o Real Madrid. Eu tenho essa máxima de que qualquer técnico que treine times milionários como Real Madrid, Barcelona, City, Bayern de Munique será sempre campeão. Já num time médio, a banda toca diferente. Guardiola é considerado o “papa” entre os técnicos, mas só treinou equipes de grande porte. Trabalho maravilhoso fez Diego Simeone, treinador do Atlético de Madrid, que foi campeão espanhol e levou sua equipe a duas finais de Champions League, dando a falta de sorte de encarar justamente o Real Madrid nas duas decisões. Numa delas, em Lisboa, vencia por 1 a 0 até o último minuto do tempo extra, quando Sérgio Ramos empatou e levou a decisão para a prorrogação, e o Real Madrid foi campeão.

Continuo confiando nas minhas fontes de Madri e as notícias que vêm de lá só me fazem crer, mais e mais, que, infelizmente, Ancelotti não virá. Tomara que eu esteja enganado, pois gosto muito do trabalho do italiano, mas tenho minhas restrições, pois quando pegou times medianos, não conseguiu taças. E, cá pra nós, a Seleção Brasileira, de 2014 para cá, é bem mediana mesmo, daí a minha dúvida sobre um possível sucesso. E para a imprensa brasileira, vai aqui um recado: caso Ancelotti seja mesmo verdade, ele é adepto de treinos fechados e não os abre nunca. Além disso, determina quem vai ou não dar entrevistas. Aliás, isso é muito comum nos clubes europeus. Eu gostaria muito de vê-lo comandando o time canarinho, mas como ele já disse que por ele “ficaria no Real Madrid para o resto da vida”, e Florentino Perez o adora, acho difícil ele recusar uma renovação, em janeiro. Não sei se ele deu sua palavra ou não ao presidente da CBF, mas se os contratos, assinados, no futebol, não valem nada, imaginem palavras. Elas são levadas pelo vento e fica o “disse pelo não disse”.

Descanse em paz meu amigo Palhinha

Palhinha era um dos meus ídolos e de milhões de cruzeirenses, atleticanos e corintianos. Eu morava no Rio, mas quando o via jogar, gostava da sua raça, da velocidade e da forma como fazia os gols. Sonhava em vê-lo com a camisa do Flamengo. Um dos maiores artilheiros da Copa Libertadores, com 13 gols em 10 jogos, em 1976, quando o Cruzeiro se sagrou campeão da competição, pela primeira vez. Quando vim trabalhar em Belo Horizonte, primeiro pela TV Manchete, e depois pela TV Globo, conheci Palhinha e também o Vanderlei Eustáquio. Nos tornamos amigos e estivemos juntos em várias resenhas, principalmente ali no Pizzarella do São Bento, onde ele morava com sua família. Um cara agradável, amigo, sorridente e leal. Me contava as histórias que viveu no futebol e eu ficava encantado. Como aprendi com ele. Certa vez, num treino do Galo, ele era o treinador. Naquela época, na Vila Olímpica, nós chegávamos cedo e batíamos papo com os jogadores e comissão técnica antes de o treino começar, dentro do gramado. Tinha um banquinho de madeira, perto da grade, e a gente assistia ao treino dali. Eu, Paulo Celso, Roberto Abras, Roberto Néri, Afonso Alberto e Chico Maia. Sim, naquela época éramos só nós, jornalistas raízes, de verdade. Cheguei cedo e Palhinha, com seu boné e apito, me chamou no meio-campo, que estava coberto de lama. De repente, ele fez uma brincadeira, me deu uma banda e tentou me segurar, mas eu caí naquele lamaçal. Fui lá na rouparia e o saudoso Valtinho me deu uma toalha, limpei a lama e fiz meu trabalho. Todo mundo riu, inclusive eu, pois era uma brincadeira entre amigos. Naquela época, nós éramos amigos de jogadores, treinadores, médicos e ninguém traía a confiança de ninguém. Doutor Marcos Vinícius, outro cara espetacular. Kemel Chequer, preparador físico, Seu Adão, enfermeiro. Puxa vida, quanta gente maravilhosa trabalhava no Galo. Enfim, eram profissionais do mais alto nível. Palhinha estava entre eles. O avô da minha esposa, seu Carlos de Castro, adorava o Palhinha e ele também o adorava. Eram amigos. Seu Carlos nos deixou aos 100 anos, durante a pandemia. Palhinha nos deixou segunda-feira, aos 73 anos, muito bem vividos, mas ele poderia ter ficado aqui um pouco mais. Obrigado, Palhinha, pelos conselhos, pelas conversas no Pizzarella e pelos ensinamentos que deu a este repórter. Você faz parte da minha história e da minha carreira. Descanse em paz meu amigo, e que Deus conforte o coração de sua linda família. Até qualquer dia!

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