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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Manchester City e Guardiola são os novos donos da Europa

"A Inter perde de cabeça erguida, embora tenha jogado por uma bola e para levar a decisão para as penalidades. A torcida inglesa fez uma festa espetacular"


10/06/2023 23:40 - atualizado 10/06/2023 23:39
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Festa dos jogadores do Manchester City
Jogadores do Manchester City comemoram o título da Liga dos Campeões após a vitória por 1 a 0 contra a Inter de Milão, no estádio Ataturk, em Istambul (foto: Paul ELLIS / AFP)


Istambul – O Manchester City é o novo campeão da Europa. Derrotou a Inter de Milão por 1 a 0, gol de Rodri, ontem, no Estádio Olímpico de Istambul, e coroou o trabalho de Guardiola, que tanto sonhava em ganhar uma Champions League com o time inglês, que comanda há sete anos. Um técnico perfeccionista, que gosta da arte, do drible, do toque e do gol. Apenas uma ressalva: só dirige grandes equipes, que têm dinheiro sobrando para contratar quem bem entender. A Inter perde de cabeça erguida, embora tenha jogado por uma bola e para levar a decisão para as penalidades. A torcida inglesa fez uma festa espetacular. Se ficou calada durante quase toda a partida, soltou o grito de campeão assim que o árbitro encerrou a partida.

O favoritismo do Manchester City era escandaloso. Por aqui não se falava em outra coisa que não fosse uma possível goleada do time inglês, como se o futebol italiano fosse descartável. Na verdade, a Inter fez marcação alta no começo do jogo, mas não aguentaria muito tempo. Aos poucos o City foi impondo seu melhor futebol e criando algumas situações. Mas a marcação italiana era forte, sem espaços. O time inglês jogava muito pela esquerda e esquecia Bernardo Silva lá na direita. Os goleiros pouco trabalharam, exceto Onana, que fez uma gigantesca defesa em chute de Haaland. A bola bateu no seu joelho e no seu braço, evitando o gol. Aos 35 minutos um drama para o time de Guardiola. Kevin De Bruyne, o cérebro do time, sentiu a coxa. Tentou ficar, mas percebeu que não aguentaria. Deu lugar a Folden, mais jovem, porém menos talentoso, embora seja um ótimo jogador. A Inter teve uma chance em falha de Ederson, que repôs mal a bola, mas Dimarco chutou para fora e bem longe do gol. Foi um primeiro tempo aquém do esperado. Eu avisei: o futebol italiano é de forte marcação e pragmático. Quem imaginou que o City ganharia facilmente, por goleada, se enganou, pelo menos nos primeiros 45 minutos. Um dos piores primeiros tempos das coberturas que fiz de final de Champions League. Será que as emoções estavam guardadas para o segundo tempo ou prorrogação?

O segundo tempo começou sem dar sinais de mudança. O City sentia o peso da decisão. Não tem camisa, é uma equipe formada com muito dinheiro e pouca tradição. A Inter mantinha sua postura defensiva e de contra-ataque. Dzeco deu vez a Lukaku. Uma falha grotesca de Akanji quase complicou. A bola ficou nos pés de Lautaro, que foi fominha e chutou em cima de Ederson. Se tivesse tocado para Lukaku seria o gol da Inter. A torcida italiana dava um show. A inglesa calada estava, calada ficou. Era um jogo de xadrez. Mexer uma peça errada poderia significar o fim do sonho. Mas o gol do City saiu em jogada pela direita. Bernardo Silva cruzou, a bola bateu na zaga e sobrou para Rodri, que tocou com categoria, no canto de Onana, que nem na foto saiu. City 1 a 0. A Inter não aguentou a pressão. Numa pressão desordenada da Inter, Dimarco cabeceou no travessão e no rebote, Mkitaryan tocou e a bola bateu em Lukaku, tirando o gol da Inter. Lukaku recebeu na área e fuzilou de pé direito. Ederson segurou firme. A Inter teve que sair do sistema de retranca e tentar algo melhor. Corria o risco de tomar o segundo gol, mas, precisava arriscar. O relógio agora era o maior inimigo da Inter e o City era quem não tinha pressa. É bem verdade que a Inter marcou muito, mas o City não fez uma grande partida. Haaland esteve apagado nos jogos decisivos. O desespero tomou conta dos italianos. Restavam 5 minutos e mais os acréscimos. Lukaku recebeu o cruzamento e cabeceou certinho, para o chão, Ederson defendeu no susto. Seria o gol de empate. Sorte do City. Agora só os acréscimos poderiam salvar a Inter. O árbitro deu 5 minutos. E se não fosse o goleiro Ederson, a Inter teria empatado. Ele fez duas defesas gigantescas no tempo extra. Guardiola estava ansioso, nervoso para conseguir sua terceira Champions, a primeira com o clube inglês. Ele foi contratado para isso e já ganhou cinco Premier League. O apito final do árbitro polonês fechou a Tríplice Coroa para o Manchester City, campeão de fato e de direito. Se não goleou, como muitos esperavam, e não fez um grande jogo, venceu o futebol arte, quem mais procurou o gol. O City é o novo dono da Europa e de forma invicta. Uma campanha impecável.

Volta para casa

Sigo para Miami, nesta segunda-feira, com a missão cumprida. Minha décima terceira final de Champions League foi tão emocionante quanto a primeira. Obrigado ao jornal Estado de Minas, Rádio Tupi, ao meu canal de YouTube e especialmente ao meu patrocinador, Supermercados BH, do meu amigo Pedro Lourenço, que está comigo nos quatro cantos do mundo. Obrigado, meu Deus, por tantas bênçãos. Ano que vem tem mais, e será em Londres, dia 1ºde junho, no lendário estádio de Wembley.


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