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Estado de Minas COLUNA DE JAECI CARVALHO

Em grande jogo no Mineirão, Cruzeiro empata com Guarani e continua vivo

Empate por 3 a 3 foi justíssimo pelo que as duas equipes fizeram


09/11/2020 22:11

Welinton marcou o gol de empate e evitou derrota do Cruzeiro com um jogador a menos(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
Welinton marcou o gol de empate e evitou derrota do Cruzeiro com um jogador a menos (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
Cruzeiro e Guarani fizeram um grande jogo no Mineirão nesta segunda-feira. Jogo franco, aberto e de muita qualidade. E o empate por 3 a 3 foi justíssimo pelo que as duas equipes fizeram. Aniversário de Felipão, 72 anos. Tudo que os jogadores do Cruzeiro queriam era dar um grande presente ao técnico: uma vitória expressiva.

E o time azul, com 27 segundos, quase marcou em chute de Régis, que passou perto. O jogo começou muito forte no meio-campo. Dava para perceber que seria um jogo difícil para o Cruzeiro. A marcação do Bugre era forte. Felipão gritava o tempo todo, corrigindo a postura de sua equipe. 

Pablo, do Guarani, ganhou uma disputa com Cacá e viu Fábio adiantado. Tentou o chute, mas a bola pegou a direção da linha de fundo, longe do gol. Mas, aos 14 minutos, o Guarani abriu o placar. Jadson erra a marcação, e Murilo Rangel chutou forte, colocado, da entrada da área. A bola entrou no ângulo, onde a coruja dorme. Não havia como o goleiro Fábio defender. 

Com a vitória parcial, o Guarani chegava aos 27 pontos, subindo para o décimo lugar. Mas, ainda tinha muito jogo pela frente. O Cruzeiro empatou com Manoel, de cabeça, em cobrança de escanteio feita por Régis. 1 a 1. Era o resultado mais justo pelo que as duas equipes apresentavam. 

Num contra-ataque, Crispim cruzou, e Renanzinho perdeu debaixo do gol. O jogo era bom, movimentado. O jogo era lá e cá. Cáceres cruzou, e Pottker cabeceou no travessão. A organização do Cruzeiro sob o comando do Felipão é visível. Comparem com aquele bando em campo, quando era comandado por Enderson Moreira e Ney Franco. Como eu disse, Felipão tem história e rodagem para saber organizar uma equipe.

O Guarani quase marcou em chute forte de Murilo Rangel, salvo por Manoel. A bola tinha endereço certo. Mas o Cruzeiro deu bobeira na direita. Cáceres não marcou, Bidu cruzou e Pablo cabeceou livre, sem chance para Fábio. Guarani 2 a 1. 

Os laterais do Cruzeiro não estavam bem. Vou dizer um negócio pra vocês: que jogão, bem aberto, com as duas equipes buscando o gol. Mas o Cruzeiro não se deu por vencido. Aos 44, Cáceres cruzou, Sassá atrapalhou o goleiro, e Pottker pegou o rebote para fazer 2 a 2. Gente, que jogão! Muito bom, movimentado, com os dois times abrindo mão de retranca. Jogo franco e aberto.

Pelo que foi o primeiro tempo, a expectativa era de mais gols na fase final. Régis dá muita qualidade ao meio-campo. É o cara que prende a bola, que pensa o jogo. Mas foi o Guarani quem marcou, aos 6 minutos. Bruno Sávio toca para Rangel, que toca para Crispim. Ele vê o próprio Murilo Rangel nas costas da zaga do Cruzeiro, e ele faz um golaço. O detalhe é que os jogadores do Cruzeiro pediram saída de bola pela lateral. Com isso, perderam tempo e a construção da jogada do time de Campinas foi perfeita. 3 a 2.

Para piorar, Pottker, que havia levado cartão amarelo, jogou o braço no ombro do adversário e o árbitro entendeu que foi no rosto, expulsando o jogador de forma injusta. Como não há VAR na Série B, ficou o dito pelo não dito. Acho que esse critério dos árbitros tem sido muito rigoroso. O atleta precisa girar o braço para ter equilíbrio. 

O Cruzeiro ficou com 10 jogadores, a partir dos 12 minutos do segundo tempo. Se com 11 contra 11 o jogo era bem igual, com um a menos o Cruzeiro deveria ter dificuldades. E o Guarani começou a achar os espaços. Esperava um contra-ataque para matar o jogo. O Cruzeiro perdeu seu entusiasmo, pois o meio-campo estava desfigurado e sem seu pensador, pois Régis deu vaga a Welinton. Thiago entrou na vaga de Sassá. Aliás, Sassá não dá. Não é atacante para o time azul. 

O Guarani quase marcou em cobrança de escanteio, com desvio, mas Welinton salvou. Giovani entortou Cacá e chutou forte. Fábio salvou o Cruzeiro com grande defesa. A entrada de Felipe Machado, que tem bom chute, foi a última tentativa de Felipão. E ele já entrou cobrando uma falta na trave. O goleiro já estava batido. E o Cruzeiro não merecia a derrota. Patrick Brey cruzou e Welinton, de cabeça, empatou. Que golaço. Fábio ainda fez uma grande defesa, em cruzamento da esquerda.

No dia de comemorar mais um ano de vida, Felipão poderia ter ganhado a vitória de presente, mas 1 pontinho também foi bom, pelo que foi a partida. Um jogaço! Porém, isso não tira os méritos do time. Não vai ganhar todas. É sabido que voltar à Série A é muito difícil, mas, enquanto há vida, há esperança. Dia 20, o Cruzeiro volta ao Mineirão e receberá o Figueirense. Mais do que nunca, a vitória será fundamental. Felipão é técnico, não é mágico para recuperar os pontos perdidos pelos técnicos anteriores, nem tampouco os 6 pontos que a Fifa tomou do Cruzeiro por dívidas com um clube árabe. Parabéns, Felipão, pelo aniversário. Saúde e vida longa. Você é um cara do bem!

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