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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Não existe ninguém com saco roxo que diga não ao futebol neste momento?

"Forçar o reinício de competições num país onde há mais de 50 mil mortos pela COVID-19 e mais de 1 milhão de casos, é brincar com a vida das pessoas"


postado em 24/06/2020 04:00 / atualizado em 23/06/2020 22:12

O Flamengo voltou a campo na semana passada contra o Bangu, no Maracanã(foto: Mauro Pimentel/AFP)
O Flamengo voltou a campo na semana passada contra o Bangu, no Maracanã (foto: Mauro Pimentel/AFP)


Os campeonatos estaduais, competições falidas, retrógradas e ultrapassadas estão se sobrepondo a vidas. Pelo menos no Rio de Janeiro, onde recomeçou na semana passada. O que é uma vida para Rodolfo Landim, se 10 garotos morreram queimados no Ninho do Urubu e ele não se sensibilizou com isso, haja vista que até hoje, um ano e cinco meses da tragédia, só fez acordo com quatro famílias e meia? Que o Flamengo é o melhor time do Brasil, com sobras, não há a menor dúvida. Próximos dele, mas ainda bem distantes, temos o Palmeiras e o Grêmio. O resto, será figurante no Brasileirão.

Mas, daí a forçar o reinício de uma competição num país onde há mais de 50 mil mortos pela COVID-19, e mais de 1 milhão de casos, é brincar com a vida das pessoas. O que vai acrescentar na vida do Flamengo, mais uma taça do Cariocão, ou “Covidão”, como estão chamando alguns? Absolutamente, nada. Até entendo que financeiramente, pelo time que montou, o Flamengo fatura uma fortuna em arrecadação até mesmo se jogar contra o “Arimatéia ou Bambala”, mas, como o público está proibido de frequentar estádios, pra que essa pressa toda de voltar com o futebol? Calma, gente, vamos salvar vidas, eliminar o coronavírus e tentar ter uma vida perto do normal, lá para agosto.

Aqui na Flórida, a flexibilização está trazendo problemas, com milhares de novos casos da COVID-19. Por isso mesmo, as autoridades determinaram que o uso da máscara é imprescindível, sob pena de multa de US$ 500 ou prisão por 60 dias. Teve muita gente que pensou que a vida havia voltado ao normal, mas não é por aí. Não pode haver aglomeração, até mesmo na praia e nos parques, nas corridas ou nas pedaladas é obrigatório o uso da máscara. No sábado e domingo tivemos 7 mil novos casos na Flórida. Gente, a vacina ainda não existe, portanto, vamos ter responsabilidade e nos proteger e proteger o outro. Sinceramente, qual o torcedor que está preocupado se o Flamengo vai jogar ou não? Não há a menor chance de termos futebol agora.

Parabéns a FMF que já disse que vai tentar recomeçar o futebol no fim de julho. Vai tentar! Só lamento que seja o Campeonato Mineiro. Para Atlético e Cruzeiro, mais um ou menos um título estadual não vai significar nada. Deem o título ao América, que era o líder da competição quando ela foi paralisada, e que estava jogando o fino da bola. Na Europa, as confederações deram títulos aos ponteiros, como na Holanda e a na França, e acabou o assunto. No Brasil eles estão brigando pelos estaduais. Se bem que tem time que nem estadual consegue ganhar. Os exemplos estão aí para quem quiser ver. Os dirigentes do futebol brasileiro são mesmo uma piada pronta, com raras exceções, é claro. Tem gente séria e vencedora, mas também há os perdedores, aproveitadores e vaidosos. Tem gente que adora um holofote no momento em que pensa estar por cima. São os mesmos que se esconderam quando a fase era péssima. O futebol brasileiro é isso. Uma mentira só!

Empresário diz que Keno ama a torcida

A piada do ano. Keno, de 30 anos, foi contratado pelo Atlético, e o empresário diz que ele ama a torcida. Balela! Ama o dinheiro que vai ganhar mensalmente. Claro que não deve ser algo menor do que R$ 500 mil. Se não der certo, sairá dando uma banana e jurando amor eterno a outra torcida ou a outro clube. É sempre assim com a maioria dos jogadores. A falta de imaginação dos dirigentes brasileiros é vergonhosa. Keno foi um reserva, modesto, no Palmeiras, e agora virou “solução” para o ataque atleticano. O tempo dirá se a contratação foi correta ou não. Estão apostando também que Sampaoli é o cara e que ele poderá dar o título brasileiro ao Galo. Pode ser, mas o currículo dele não é vencedor. Uma Copa América com o Chile, em 2015, e nada mais. O vice no Brasileirão ano passado com o Santos deixou marcas também.

Eduardo Sacha foi posto na reserva por causa da contratação de Uribe. O atacante, comprado ao Flamengo, fez um gol, ao passo que Sacha, mesmo na reserva, marcou vários. Sampaoli não é essa sumidade que estão imaginando. Conversei com vários amigos da imprensa paulista, que não me falaram muito bem do trabalho dele. Criou inúmeros problemas na Vila Belmiro e saiu pela porta dos fundos. A carência de títulos faz com que as pessoas se agarrem a qualquer navio. Como diria meu saudoso amigo Fernando Sasso, “navio que está afundando atraca em qualquer porto”. Dirigentes que entregam os clubes a treinadores e que deixam eles mandarem em tudo, normalmente, não conseguem sucesso. O treinador tem que saber que é empregado do clube, como qualquer outro, e que tem deveres e direitos. Quem paga a conta no fim do mês não é ele. Portanto, deve se limitar a sua função, tentar fazê-la bem-feita e ponto.


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