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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

A pá de cal está preparada. Só um milagre salva o Cruzeiro

A maior culpada é a diretoria, acusada de corrupção e lavagem de dinheiro, e o técnico Mano Menezes, que afundou o time ao poupar jogadores no Brasileiro


postado em 08/12/2019 06:00 / atualizado em 08/12/2019 08:48

Contratado para tentar salvar o Cruzeiro nos três últimos jogos da equipe no Brasileiro, Adilson Batista perdeu os dois primeiros, para Vasco e Grêmio(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Contratado para tentar salvar o Cruzeiro nos três últimos jogos da equipe no Brasileiro, Adilson Batista perdeu os dois primeiros, para Vasco e Grêmio (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Vencer o Palmeiras hoje e torcer por derrota do Ceará. Essa é a única possibilidade de o Cruzeiro não sujar sua história rica e gloriosa, caindo para a Segundona. Até acredito que o Botafogo derrote o Ceará, pois deve receber incentivo financeiro. Porém, não acredito em vitória do time mineiro sobre o Porco. E por que não acredito? Pelo péssimo momento do time azul e pela incompetência da maioria dos jogadores. Eles são culpados? São. Entretanto, a maior culpada é a diretoria, acusada de corrupção e lavagem de dinheiro, e o técnico Mano Menezes, que afundou o time ao poupar vários jogadores no Brasileirão. Privilegiou a Libertadores e a Copa do Brasil, se deu mal e não conseguiu estabilizar o time na principal competição do país. Claro que ele não está nem aí. Já treinou o Palmeiras, de onde também foi demitido, e deve estar curtindo os milhões de dólares ganhos na China, em sete meses, de onde também foi mandado embora por incompetência.

Os técnicos brasileiros são assim. Preguiçosos, malandros, ricos e incompetentes. Há poucas exceções. A chegada do treinador português Jorge Jesus desmascarou a maioria. Vejam a dignidade e o caráter do europeu. Mesmo campeão com antecedência, não poupa ninguém. Respeita os adversários e a competição. E olha que o Flamengo ganhou o Brasileirão e a Libertadores e vai em busca do bi do Mundial.

O Cruzeiro passou de um clube organizado, equilibrado financeiramente e com os pés no chão para uma instituição largada, inflacionada e com dívidas trabalhistas e outros afins. Inclusive na Fifa deve uma boa fortuna e, se não pagar, pode ser rebaixado para a Série C. A conta sempre chega, e ela chegou.

Segundo fontes do próprio clube, foram pagos mais de R$ 70 milhões em comissões a empresários. Desmandos e mais desmandos e um grupo fraco, com vários ex-jogadores em atividade, com poder de demitir e admitir treinador. Festas em horas impróprias, gandaias e mais gandaias e um tal de Thiago Neves brincando com a tragédia de Brumadinho, que comoveu o mundo, para atingir o Atlético. Logo ele, que vive usando as redes sociais da forma mais vil que um ser humano pode usar. Ele, que adora achincalhar jornalistas e que não respeita os companheiros de profissão e as instituições adversárias. Só podia dar nisso. Claro que se o Cruzeiro cair, ele vai dar uma banana e buscar outro clube. Não sei se alguém daria emprego a um jogador tão despreparado.

Mesmo que o “milagre” aconteça e o Cruzeiro ganhe do Palmeiras e o Botafogo do Ceará, nada vai mudar, pois a desorganização foi tamanha que vai levar, no mínimo, uma década para o Cruzeiro sair dessa situação. Esse modelo de gestão no futebol brasileiro está ultrapassado. Dirigentes amadores, alguns acusados de desviar dinheiro. A solução é o clube-empresa, com orçamento, um CEO tocando as finanças, dando lucro e buscando taças. Esse negócio de que um dirigente vai trabalhar por amor não cabe mais. Tem que ser remunerado, profissional.

O futebol brasileiro está quebrado, de pires na mão. As competições estão bem organizadas, com datas e um calendário que vai privilegiar os clubes, com a parada das competições quando a Seleção Brasileira jogar. O problema maior são os clubes mesmo, que estão na bancarrota, devendo até o último fio de cabelo. Já foram feitos vários Refis, mas eles não cumprem os acordos e tudo volta à estaca zero. Não vejo o governo acenar com Refis para trabalhadores. Os clubes gozam desse privilégio. Uma vergonha.

Não haverá segunda chance. Ou o Cruzeiro ganha e espera a derrota do Ceará, ou a Série B, que ele namorou a competição quase toda, será realidade. Vários clubes grandes caíram e voltaram mais fortes, mais organizados, mais vencedores. No Brasil, somente Flamengo, São Paulo, Santos e Cruzeiro não frequentaram a Série B. Pelo jeito, o Cruzeiro não quer mais fazer parte desse seleto grupo. Hoje, assim que o árbitro der o apito final, se o Cruzeiro for rebaixado a Praça Sete se transformará num palco de comemoração dos atleticanos. Foi assim quando o Galo caiu e os cruzeirenses fizeram festa, e não será diferente agora. Só espero que haja paz, sem violência ou qualquer ato deplorável. Lembrem-se de que na vida “o futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes”.

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