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Estado de Minas TECNOLOGIA

Investir no artista preferido é algo mais fácil do que parece

Mais do que acesso privilegiado a eventos, isso pode garantir uma taxa de retorno acima dos padrões de mercado


30/05/2021 04:00 - atualizado 01/06/2021 15:50

O mercado digital mudou completamente o universo da música, e artistas e empresas precisam aprender a lidar com isso(foto: Giuseppe CACACE/AFP %u2013 17/11/20)
O mercado digital mudou completamente o universo da música, e artistas e empresas precisam aprender a lidar com isso (foto: Giuseppe CACACE/AFP %u2013 17/11/20)

Se lhe oferecessem a opção de investir no próximo álbum ou música do artista de que mais gosta, você aceitaria? E se, além de investir no artista, você tivesse acesso privilegiado a eventos, com a garantia de uma taxa de retorno acima dos padrões do mercado? Pode ir se acostumando com essas ofertas, pois isso já está ocorrendo.

A indústria da música, que sofreu tanto no início dos anos 2000 (com a pirataria e os bittorrentes), agora começa a aproveitar a onda de digitalização – do dinheiro e suas ofertas variadas de opções de investimento.

Os artistas demoraram a entender que a falta de transparência atrapalhou muito a confiança de prováveis investidores no setor. Bastou a pandemia e, com ela, a impossibilidade de realizar os shows, que os músicos e profissionais envolvidos começaram a criar soluções para viabilizar a antecipação de receitas e mostrar que é possível ser sócio de um artista em sua geração de receita.

A digitalização da música por meio das plataformas de streaming trouxe transparência nas informações do setor. Ficou mais fácil auditar e saber quem realmente está fazendo sucesso. Temos informações de várias plataformas, dificultando a manipulação desses dados.

O mundo artístico começou a se acostumar com termos como “taxa de retorno”, “antecipação de recebíveis”, “venda de catálogos” e, mais recentemente, “NFT”. Já escrevi aqui na coluna que a digitalização do universo da música é um grande balão de ensaio para outros setores. Somos um segmento perfeito para a utilização de todas as novidades digitais, como “blockchain”, “bitcoin” e “NFT”, em especial pelo fato de nosso ativo ser totalmente digital.
A Lei Aldir Blanc está salvando uma boa parte dos que trabalham com arte. No entanto, essa não é uma solução a longo prazo. Durante os anos 1970, os shows eram vistos apenas como instrumento de divulgação para a venda de álbuns. Com o passar dos anos, essa ordem se inverteu e as turnês mundiais são a grande fonte de receita dos grandes artistas.

A pandemia mudou novamente essa regra e tornou obrigatório, para qualquer artista, co- nhecer sobre como ganhar dinheiro com o mundo digital. O nicho precisou aprender que a única saída para a viabilização dos artistas é se tornar mais transparente, gerando a possibilidade de se tornar um investimento de pessoas normais (fora das estruturas fechadas das grandes gravadoras).

Quando o Skank começou, tivemos um único patrocinador em nosso disco independente, que foi a marca de roupas Chiclete com Banana, que tem o seu logo na contracapa do nosso CD independente. Imagino que hoje em dia teríamos alguns investidores comprando tokens dos nossos fonogramas, esperando um retorno financeiro (e também divulgando, de forma natural, o investimento que eles estão fazendo).

Investir no que você gosta e com boas taxas de retorno é o sonho de todos. E aí, quem compõe a lista de artistas nos quais você investirá?

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