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Estado de Minas ''NOVO NORMAL''

Sem trabalho por 16 meses, DJ revela como foi o retorno às pistas

Convidado da seção ''Eu voltei assim'', da coluna HIT, Vinícius Amaral diz que a vacina e a ciência trouxeram alento para os trabalhadores da cultura


28/11/2021 04:00 - atualizado 26/11/2021 19:48

Ilustração do Lelis
.

Vinícius Amaral
DJ

A pandemia ainda não acabou. Infelizmente. Para mim e tantos outros trabalhadores do setor de eventos, este período tem sido extremamente cruel e desolador. Cruel, pela interrupção abrupta de qualquer possibilidade de trabalho, por nosso setor ter sido o primeiro a parar e o último a retornar. Desolador, pelas perdas inenarráveis de amigos e entes queridos, por muitos não conseguirem prover de forma digna o próprio sustento e de suas famílias.

Como sabemos que uma boa festa precisa de pessoas reunidas no mesmo espaço, seria impossível executar qualquer atividade que causasse aglomeração. Com a pandemia, o distanciamento social continua sendo uma das principais recomendações dos órgãos realmente competentes e das pessoas sensatas para que possamos lidar de forma inteligente com a COVID-19, além, claro, do uso de máscaras e da limpeza contínua das mãos.

Sabemos que a pandemia não acabou, mas tenho a sorte de estar junto da grande parte da população que acredita na ciência. Acreditamos nas pessoas comprometidas, gabaritadas para tal. Elas conseguiram trazer um alento, mesmo com as manobras desumanas e negacionistas de seres inomináveis. Alento esse que é a VACINA.

Alento importantíssimo que proporcionou, de forma gradativa e responsável, que a nossa proteção aumentasse, os casos da doença e as mortes diminuíssem, que a população e os setores cultural e de eventos pudessem retomar suas atividades.

Com as facilidades tecnológicas e a oportunidade de transmissões via streaming (viva a cultura!), muitos artistas e também nós, DJs, não perdemos o contato com o público, embora a possibilidade de realizar algo presencial fosse improvável.

Felizmente, depois de quase 16 meses completamente parado e sem qualquer fonte de renda, pude voltar a fazer meu trabalho de forma presencial. O retorno ocorreu em maio de 2021, após a primeira dose da vacina e as flexibilizações orientadas por autoridades responsáveis. Retomei, de certa forma preocupado, mas bem consciente de que as normas deveriam ser seguidas à risca.

O formato dos eventos foi completamente reconstruído para a nova realidade, com mesas dispostas a distâncias consideráveis, sem pista de dança, com todas as pessoas preferencialmente sentadas e usando máscaras, além do álcool disponível em todo o ambiente.

Foi completamente diferente do que estávamos acostumados, mas era a opção disponível e correta para a retomada.

Com o avanço da vacinação, o reencontro com a pista e com o público, após tanto tempo de privações e sacrifícios, foi um misto de sensações: reconfortante (pelo retorno e por voltar a trabalhar), estranho (pelo novo formato e as adequações necessárias), surpreendente (por entender que as pessoas precisam disso para ficarem melhores) e emocionante (por saber que a cultura é, sim, extremamente necessária).

Mesmo de forma mais restrita, diferente daquela à qual me acostumei, é sublime voltar à atividade em uma festa, ao ambiente com outras pessoas, para fazer o melhor do que sei.

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