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Estado de Minas HIT

Rotina, disciplina e uma florzinha em cada prato

A cozinheira Agnes Farkasvolgyi descreve sua rotina no Diário da quarentena, a convite da Colula Hit


postado em 01/04/2020 04:00

Meu trabalho não me permite fazer home office. Coloquei 80% do meu staff em casa. Criei um delivery para tempos de quarentena. E resolvi gravar e postar uma receita fácil por dia para que as pessoas, sobretudo as crianças, possam reproduzi-las, em casa, junto aos adultos.

Assumi a cozinha com o Shima – meu chef do bistrô e amigo pra caramba! Além de nós, mais seis pessoas – entre elas, filhos e marido – fazem de tudo. Minha rotina é casa/A Casa da Agnes/casa. Entro na cozinha às 11h. Antes disso, respondo aos e-mails e interajo com o Instagram.

O delivery é corrido. Gosto de finalizar as montagens e embalar os pratos. É nessa hora que cuido da frescura – uma florzinha ou erva pra enfeitar, o filme plástico bem lisinho que envolve os pratos, o pacote fechado com uma etiqueta.

Decido também a ordem de saída e quem leva o quê. Quais pedidos podem sair juntos (a rota da entrega). As saladas também são minha responsabilidade. Fazendo isso, acredito que esteja realmente cuidando das pessoas que recebem a minha comida.

O “corre” chega ao fim às 15h. Aí é hora de pensar nos próximos pratos. Assentamos eu e o Shima para discuti-los, para pensar na divulgação. Na sequência, é hora de pensar na receita que vou gravar. Separar os ingredientes, fazer a praça, arrumar o cenário, amarrar o lenço na cabeça, passar batom, repassar os passos e discutir com o Shima qual a melhor maneira de fazer isso. É ele quem filma e edita as gravações, de segunda a sábado. No domingo, quem filma é o meu marido, na cozinha de casa mesmo. E tem que dar certo, porque não tem edição. É como se fosse ao vivo. As gravações duram, em média, uma hora. Pra editar, mais uma hora.

Estiquei uma tela na parede da minha sala, na Casa da Agnes, para poder pintar ali mesmo, enquanto espero a edição do vídeo. Tenho voltado pra casa em torno das 21h. Esta é a hora de escrever/desenhar nos meus cadernos/diários. Tenho esse hábito há mais de 20 anos.

Converso com minha mãe por WhatsApp de vídeo. Sinto muita falta de estar com ela. Não sou eu quem cozinha em casa. É o meu marido quem me alimenta diariamente. Ele faz o jantar para que eu possa trabalhar/escrever/desenhar. Por volta das 23h, decido se vou ver um filme ou ler um pouco. Durmo, em geral, por volta de 1h.

Agnes Farkasvolgyi
cozinheira

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