Acompanhado pela mãe, Juliana Kraft, o pequeno Bernardo Sozinho Ferreira Kraft, de 5 anos, não desgrudava os olhos de alguns dos seus personagens preferidos. Para ver de pertinho Darth Vader, Chewbacca e membros da tropa de base do Império Galáctico, o menino e sua mãe saíram do Buritis e cruzaram a cidade até o Minas Shopping, onde assistiram à performance do Conselho Jedi de Minas Gerais, anteontem à noite, antes de uma das sessões do longa A ascensão Skywalker, no Cineart.
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O menino é um dos fãs de carteirinha da saga criada por George Lucas em meados dos anos 1970. A mãe conta que o encontro do filho com esse universo intergaláctico surgiu meio que por acaso. “Quando ele assistia à versão Star wars do Angry birds, percebemos o interesse pela história e decidimos mostrar um dos filmes da série”, disse ela, que também é fã da história. A diferença entre mãe e filho é que o garoto já viu todos os oito longas. Ascensão Skywalker, o último da terceira trilogia, Bernardo deverá assistir hoje ou amanhã com a mãe e o pai Marcelo Peres Kraft.
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Apesar do esforço de Juliana em atravessar a cidade para ver os personagens preferidos do filho, nos últimos dias era fácil encontrar um personagem de Star wars pipocando por aí. Em alguns casos, eram mais onipresentes do que Papai Noel, que reina absoluto nesta época do ano. Dani Aayla, presidente do Conselho Jedi de Minas Gerais, o terceiro maior fã-clube do filme no Brasil, diz que as ações de divulgação do longa aumentaram as visitas, especialmente em shoppings centers. Anteontem, no Minas Shopping, o conselho desfilou em marcha pelos corredores do centro de compra provocando histeria nos fãs que ainda tiveram a chance de fazer fotos
com seus ídolos.
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O Conselho Jedi reúne 1.200 fãs cadastrados em Minas Gerais. Mas para fazer parte dessas apresentações é feita uma prévia. Quem vai, capricha no figurino. Os stormtrooper, por exemplo, usam réplicas, em sua maioria importadas de Orlando, nos Estados Unidos. O preço médio é de R$ 3 mil. Há um tempo atrás, as fantasias eram confeccionadas por um expert, em Contagem, que largou o ofício depois de se casar. Existem também outros dois tipos de fantasias. A do Chewbacca foi feita por costureira. Já as fantasias feitas com material alternativo são conhecidas como Cospobre e podem ser identificadas com facilidade pelas ruas durante o carnaval.