(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Quino foi pro céu. Deixou na Terra sua mais preciosa criação, Mafalda

Questionadora, a garotinha de 6 anos que faz os adultos ficarem com cara de bobos. Ela nasceu em 1962 para uma campanha publicitária


04/10/2020 04:00 - atualizado 02/10/2020 20:08

(foto: Alejandro PAGNI/afp )
(foto: Alejandro PAGNI/afp )

"Estimule seu filho a interpretar texto: na escola, em casa, na rua, na chuva, na fazenda ou na casinha de sapê"

Mafalda


As pessoas só morrem quando deixam de ser lembradas. Por isso grandes artistas permanecem vivos graças à obra que legaram ao mundo. Não por acaso membros da Academia Brasileira de Letras são chamados de imortais. O argentino Quino foi pro céu na quarta-feira. Deixou na Terra sua mais preciosa criação – Mafalda, a questionadora garotinha de 6 anos que faz os adultos ficarem com cara de bobos. Ela nasceu em 1962 para uma campanha publicitária. A personagem deveria ter no nome a sílaba Ma porque o patrocinador era a firma Mansfiel. A propaganda foi recusada. Mafalda então virou tirinha e conquistou os cinco continentes. Frases marcantes a eternizaram. “Cuidado! Irresponsáveis trabalhando”, disse ela ao ver a destruição de florestas.

Seis frases da Mafalda
“Viver sem ler é perigoso. Te obriga a crer no que te dizem.”

“Mais do que um planeta, este é um imenso cortiço espacial.”

“Temos homens de princípios, pena que nunca os deixam passar do princípio.”

“E por que, havendo mundos mais evoluídos, eu tinha que nascer bem neste?”

“Não é verdade que o passado foi melhor. O que acontecia era que os que estavam na pior ainda não se haviam dado conta.”

“E esses direitos… vamos respeitá-los, hein? Não vai acontecer como com os 10 mandamentos!”

Delícia
Dizem que jabuticaba é 100% brasileira. Será? Pelo sim, pelo não, vale lembrar que jabuticaba e uva têm dois pontos comuns. Um: são deliciosas. O outro: se escrevem com u.

Cidadão
O assunto do momento? É o programa Renda Cidadã. Com ele, a palavra cidadão ganhou espaço na mídia e nas conversas de gente como a gente. Um grupo do WhatsApp discutiu o plural do vocábulo. Alguns apostaram em cidadãos. Outros, em cidadões. Apareceu ainda cidadães.

E daí? A turma fez o mais acertado: consultou o dicionário. O Aurélio não fala no assunto. O Houaiss vai direto ao ponto. Diz que o plural de cidadão é simples como o plural de mão. Basta acrescentar um s — cidadãos, mãos.

Surpresa
Ops! Na consulta, descobriram que o feminino é generoso. Tem duas formas: cidadã e cidadoa.

Memória curta
Outra do Paulo Guedes – usar verba da Educação pra financiar o Renda Cidadã. Parlamentares puseram a boca no mundo. O jornal publicou a grita: “Superrricos é que deveriam financiar”. Bobeou. Esqueceu regra de ouro no emprego do hífen com os prefixos. Duas letras iguais provocam curto-circuito. O tracinho evita tragédias: contra-ataque, sub-bloco, super-ricos.

Metáforas
Outubro chegou. Com ele, referência a datas comemorativas. Uma delas circula na internet: “Que neste 2 de outubro deixemos de ser tão 12 de outubro e sejamos mais 7 de setembro, pois só com muito 1º de maio o nosso Brasil não será um eterno 1º de abril.”

Viagem literária
“É nas páginas de um livro que podemos viajar sem sair de casa e conhecer a alma humana”, escreveu Cora Coralina. Pintou a questão: o emprego do “é que” está correto? Está. A língua deu a vez a penetra pra lá de ousado.

Trata-se da partícula é que. A intrusa é invariável. Expletiva, pode ser jogada fora: Onde (é que) você mora? Quem (é que) sabe a resposta? Nós (é que) somos patriotas. (É) nas páginas de um livro (que) podemos viajar sem sair de casa e conhecer a alma humana.

O xis da questão
E daí? Sem a expletiva, o enunciado mantém-se correto. Mas perde ênfase. Ficar com ela? Livrar-se dela? É preferência de cada um. O resultado não muda. É acertar. Ou acertar.

Leitor pergunta
Quando usar a locução “a não ser”?

. Célia Barga, São Luís

A não ser e equivale a salvo, senão, exceto. É invariável: Nada sobrou da festa a não ser frutas. Nada sobrou das queimadas a não ser carcaças, destruição e morte.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)