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Estado de Minas COLUNA

Domingão do Jairzão e o G20 em choque

Só que Bolsonaro fez feio. A decisão dele de usar a cúpula do G20 para reclamar de protestos contra o racismo no Brasil gerou um constrangimento danado


22/11/2020 04:00 - atualizado 21/11/2020 20:02

(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A bobagem do domingo veio antes, foi na sexta–feira. “Eu, por exemplo, não confio nesse sistema eleitoral. Alguns falam que fui eleito nesse sistema. Fui eleito porque tive muito voto. Fui roubado demais.” Fica óbvio que se trata do presidente Jair Messias Bolsonaro, que nem partido tem.

Bastaria, mas teve mais: “Queremos o voto impresso. Esse é o nosso objetivo. Estamos orando pra isso”. Ah! Vá lá, presidente, para a sua igreja e tente se redimir de uma besteira dessa. E terceirizou: “Vamos resolver... Junto com o Parlamento, a gente vai resolver isso aí”.
 
Antes de mudar de assunto, vale só um registro oficial: “O fato é que a Justiça Eleitoral trabalha duro para garantir que a votação ocorra de forma segura, transparente e eficiente. E o sucesso e a qualidade desse trabalho podem ser conferidos pela população ao final de cada eleição”. É o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo jeito fazendo uma sugestão ao presidente da República.
 
Por causa da pandemia da COVID-19, as instalações físicas do encontro do G20 são apenas simbólicas. A maior parte delas estão sendo feitas on-line e por meio virtual em Riad, lá na Arábia Saudita, do outro lado do mundo. É um país no deserto, que abrange a maior parte da Península Arábica, só que tem litorais banhados pelo Mar Vermelho, no Golfo Pérsico.

Feito esse registro, é óbvio que o assunto principal do G20 foi a pandemia da COVID-19. Só que Bolsonaro fez feio. A decisão dele de usar a cúpula do G20 para reclamar de protestos contra o racismo no Brasil gerou um constrangimento danado.
 
Melhor dar logo o motivo. “Não somos perfeitos. Temos, sim, os nossos problemas. Existem diversos interesses para que se criem tensões entre nós. Um povo unido é um povo soberano. Dividido é vulnerável. E um povo vulnerável pode ser mais facilmente controlado e subjugado. Nossa liberdade é inegociável.”
 
“O Brasil tem uma cultura diversa, única entre as nações. Somos um povo miscigenado. Brancos, negros e índios edificaram o corpo e o espírito de um povo rico e maravilhoso. Em uma única família brasileira podemos contemplar uma diversidade maior do que em países inteiros.” Ainda declaração de Bolsonaro.
 
Bastaria, pena que o pior ainda estava por vir. A velha cantilena do próprio presidente não ficou de fora. E certamente teve o dedo presidencial. “É preciso ressaltar que também defendemos a liberdade de cada indivíduo para decidir se deve ou não tomar a vacina.”

Avião elétrico

A Embraer e a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, firmaram parceria para a pesquisa do avião elétrico. Por meio da divisão EDP Smart, a multinacional de origem portuguesa anunciou um aporte financeiro para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica, que utiliza um EMB–203 Ipanema como plataforma de testes. O protótipo que já está em desenvolvimento tem o primeiro voo previsto para 2021.

Alta-tensão

O investimento faz parte do acordo de cooperação que as duas empresas assinaram para avançar no conhecimento de tecnologias de armazenamento de energia e recarga de baterias para a aviação – um dos principais desafios do projeto.

A parceria vai permitir investigar a aplicabilidade de baterias de alta-tensão para o sistema de propulsão elétrico de um avião de pequeno porte, além de avaliar suas principais características de operação, como peso, eficiência e qualidade de energia, controle e gerenciamento térmico, ciclagem de carregamento, descarregamento e segurança de operação.

PUC Minas

“Os achados do estudo técnico são gravíssimos. Estamos vivendo no Brasil um momento de muitos retrocessos, o governo destrói conquistas já feitas. É um conjunto de violências simbólicas que viabilizam a legitimação, a tolerância e o estímulo ao racismo.”

É trecho do relatório técnico preliminar “Direitos da população negra e combate ao racismo”, encomendado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Helder Salomão (PT-ES). E tem um detalhe mineiro: o parlamentar petista obteve licenciatura plena em filosofia na Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG), em Belo Horizonte, de 1985 a 1987.

Iluminado!

“A medida do desenvolvimento é a humanidade. Sem esta centralidade e orientação, ficaremos prisioneiros de um círculo alienante que somente perpetuará dinâmicas de degradação, exclusão, violência e polarização.” É um resumo.

O fato é que o Cristo Redentor foi iluminado, ontem, nas cores verde-oliva, marrom claro e amarelo, para homenagear o evento mundial virtual Economia de Francisco, que reuniu jovens do mundo inteiro, em referência a São Francisco de Assis, que, no século 13, deixou a fortuna para se dedicar à igualdade e à natureza.

Rapidinho

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estava apressado. Chegou ao aeroporto de Macapá pouco depois das 15h e foi breve na cerimônia para ligar os geradores termelétricos contratados para restabelecer a energia no estado. Na comitiva, o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o general Augusto Heleno.

O anfitrião foi o senador Davi Alcolumbre, presidente do Congresso. E teve um dedo esquerdista. O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT). Será que foi rápido por isso?

pingafogo


  • Em tempo: sobre as notas envolvendo os aviões. A EDP foi eleita em 2020 a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em governança e sustentabilidade.

  • Mais um em tempo: o estudo citado pelo deputado Helder Salomão veio do Observatório Parlamentar da Revisão Periódica Universal, uma parceria entre a Câmara Federal e o escritório do Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos.

  • O apoio a Guilherme Boulos (Psol) foi devidamente oficializado ontem por meio de um manifesto, do qual são signatários coletivos negros, grupos teatrais, blocos de carnaval e várias outras instituições. Óbvio que formadas por militantes.

  • Só que vão cobrar a conta. O manifesto deixa claro que pretende ter participação em eventual governo do Psol. Ou seja, que integrantes dos movimentos negros componham a gestão dos serviços na máquina pública. Além disso, o governo devera acolher suas pautas e reivindicações.

  • Sendo assim, o jeito é reivindicar o direito de encerrar a coluna por hoje. Um bom domingo a todos. Quem sabe a semana que entra esteja mais iluminada? Vale a torcida…

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