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Mesmo com riscos, fumantes aumentaram consumo de cigarro na pandemia

No Brasil, 34% dos fumantes estão consumindo mais cigarros, apesar de terem maior risco de infecção pela COVID, segundo especialistas


18/06/2021 04:00

No Brasil, 34% dos fumantes estão consumindo mais cigarros, apesar de terem maior risco de infecção pela COVID, segundo especialistas(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
No Brasil, 34% dos fumantes estão consumindo mais cigarros, apesar de terem maior risco de infecção pela COVID, segundo especialistas (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Quem deve estar sofrendo mais nesta pandemia são os fumantes, porque, segundo médicos especialistas, eles podem ter maior risco de infecção pela COVID-19, já que fumar pode causar inflamações nas vias aéreas, expor ainda mais o receptor do coronavírus nas células humanas e enfraquecer o sistema imunológico. Além disso, pessoas que fumam podem ter desenvolvido doenças pulmonares ou ter capacidade pulmonar reduzida.

Vale lembrar que o tabagismo é a principal morte evitável no mundo. No Brasil, cerca de 22 milhões de pessoas ainda fumam e, apesar de serem considerados grupo de risco para a COVID-19, 34% dos fumantes afirmam que, durante a pandemia, a quantidade de cigarros consumidos diariamente aumentou.

A contaminação pelo compartilhamento dos cigarros é outro problema comum, eletrônicos ou narguilé, até mesmo por quem está mantendo distanciamento, porque, sem perceber, compartilham cigarro. Outro dia, uma amiga fez aniversário e, como a turma quase toda já tomou pelo menos a primeira dose de vacina, resolvemos nos encontrar. Éramos oito, escolhemos um lugar aberto, arejado, mantivemos uma certa distância e celebramos.

Dada altura da conversa, uma das amigas começou a falar o quanto sente falta do cigarro, que havia parado por causa da COVID-19, já que é mais velha, mas que era um prazer que fazia falta. Um tempo depois, eu a vi fumando um cigarro. Fui logo brincando que ela não tinha resistido, e perguntei onde tinha conseguido o cigarro. Na maior tranquilidade, ela disse: “Peguei o restinho dela”, apontando para outra amiga.

Não aguentei, chamei a amiga na responsa. Como teve coragem de colocar a boca em um cigarro que tinha sido fumado por outra pessoa, mesmo sendo uma amiga querida e conhecida? Justo ela, que se guarda tanto! Na hora, a fissura era tanta que nem pensou em nada, só queria dar uns tragos.

Mas não é só a COVID que está entre as doenças que o vício no cigarro pode causar. Além das ligadas ao aparelho respiratório, há também doenças cardiovasculares, úlceras do aparelho digestório, osteoporoses e câncer. O cigarro pode causar impotência sexual nos homens e infertilidade nas mulheres. Estima-se que, no Brasil, cerca de 157 mil pessoas morram precocemente em decorrência de doenças causadas pelo tabagismo.

Apesar dos riscos à saúde, nem tudo está perdido para os que desejam abandonar o vício. As estatísticas mostram que as chances de adoecer podem diminuir bruscamente com o passar do tempo.

No processo de parar de fumar, o primeiro passo é reconhecer os estímulos que levam à prática. A cafeína, por exemplo, faz com que a pessoa se sinta mais ansiosa, pois é um ingrediente estimulante e as substâncias viciantes da nicotina do cigarro liberam no corpo uma sensação incrível de prazer. Para controlar a vontade e a ansiedade, a inserção de atividades físicas e o consumo de uma alimentação equilibrada são grandes aliados nessa batalha.

Existem alguns alimentos que facilitam o processo para quem quer parar de fumar. A Bio Mundo indica chá de ervas que acalmam; laranja, que repõe a vitamina C e o fumante sente menos vontade do cigarro; óleo de linhaça, que estimula a liberação da serotonina, hormônio responsável por equilibrar o humor; castanha-do-pará, rica em selênio, mineral que auxilia na prevenção de doenças e no fortalecimento do sistema imunológico, além de estar ligado à melhora do humor; e leite e seus derivados, que ajudam a eliminar a nicotina do organismo do fumante e alteram o sabor do cigarro.
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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