
Para o meu gosto, salvou um longo de fundo laranja e estampa grande, com pequeno drapeado na altura da cintura. O resto é naquela base de provou serviu, longe vai o tempo em que era preciso provar muito uma roupa, fazer retoques, apertar, alargar, subir bainha. Na modelagem atual, vale tudo, então a vida dos revendedores fica mais do que fácil, tipo gostou levou. Aliás, as butiques que revendem para os jovens não contam mais com funcionárias para retoques. A profissão está em extinção. Curiosidade: depois do desfile, sapatos e sapatilhas foram muito elogiados.
Outra coisa que também mudou foi o coquetel de abertura, em que os convidados se encontravam antes de descer para o desfile. Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, estava presente, cumprimentando quem chegava. A decoração de Ronaldo Fraga, que é o atual coordenador o MT, atraiu muita gente com seu uso e abuso de peixes e piscina de plástico para criar o clima de verão, que é a tônica da feira. Legal a ambientação que criou para um dos espaços do Sebrae, carregando a mão na figura da estilista americana Iris Apfel, a rainha da overdose, cuja personalidade vai ser discutida em peça com Nathalia Timberg, que será mostrada este fim de semana no Teatro Sesiminas, na peça Através da Iris. Os óculos imensos e o excesso de bijuterias usados pela personagem atraíram muitas presenças – que por consequência deviam prestigiar a peça.
Novidade também foi o coquetel, patrocinado pela Skazi. Garçons circularam menos que o habitual e o diferencial foram os refrigerantes servidos nas garrafas pequenas, que deviam ser tomados como americano toma cerveja – no bico da garrafa. Como a tônica da noite foi a informalidade e proposta nova de funcionamento, o mulherio chique que estava presente evitou “quebrar o estilo”, bebendo no bico da garrafa. O coquetel ficou lotado de gente ligada à moda, mas a velha-guarda não prestigiou, o que é uma pena, já que acompanhar a moda mineira é uma boa política.
Outra novidade desta edição do MT foi a lista de convidados elaborada pela Fiemg, que ficou pau a pau com jornalista (50) e blogueiras (50). Não sei se as últimas cobraram a presença, uma vez que é disso a força da “profissão”. Mas outra coisa que foi notada é que aquelas figurinhas carimbadas que apareciam sempre, com cachê e salas especiais, este ano ficaram de fora. Ainda bem.