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Estado de Minas COLUNA

As vias tortas das várias candidaturas ao Palácio do Planalto

O presidente que busca a reeleição, está aceitando todos os convites para eventos e levando seus ministros para apresentar pelo Brasil resultados de obras


25/05/2022 04:00 - atualizado 25/05/2022 07:17

João Dória, ex-governador de São Paulo
João Dória desistiu mas não resolveu o enigma tucano. O PSDB continua em cima do muro, agora balançando entre Simone Tebet e Eduardo Leite (foto: Governo de São Paulo - 22/4/20)


João Dória desistiu mas não resolveu o enigma tucano. O PSDB continua em cima do muro, agora balançando entre Simone Tebet e Eduardo Leite. Adiou a decisão para a próxima semana. Ficar com Eduardo Leite escancara o golpe contra Dória, o vencedor da prévia do partido; ir para Tebet mostra a carência de nomes tucanos, ao adotar a candidata do MDB. Nessa segunda ele chegou ao encontro com seus correligionários já decidido, de discurso pronto e acompanhado da mulher, dona Bia, e do irmão Raul. Lançou uma frase destinada a ser lapidada “Me retiro da disputa com o coração ferido mas com a alma leve.” Afinal, fora rezar em Goiânia na véspera. O choro, depois, nos braços de Bia, fez lembrar a Pietà – e pareceu tão sincero quando o recolhimento com as mãos postas, em oração. E ainda fez uma frase de marketing, projetando seus 2%: “Agradeço aos seis milhões de brasileiros que manifestaram a intenção de votar em meu nome para presidente.” Dória sendo Dória. PSDB sendo PSDB.

O episódio faz parte de um problema mais amplo: a ausência de nomes conhecidos e populares em grandes partidos. O MDB e o Cidadania(novo nome do PCB) se reúnem para apontar candidato e, perguntar não ofende, será que vão mesmo convergir para Simone Tebet? A senadora ex-prefeita de Três Lagoas-MS se tornou conhecida na patética CPI da Covid, mas não muito. Além das divisas do seu estado, vai ser difícil conquistar eleitores. No próprio MDB há divergências – e até aparece o nome de Temer como candidato. Como já se viu num jantar em Brasília entre senadores do MDB e Lula, a preferência do partido no Nordeste é pelo ex-presidente. De Minas para o Sul, as preferências são aderir a Bolsonaro. O Cidadania vai a reboque e o União Brasil já caiu fora, com o candidato auto-escolhido, o presidente do partido Luciano Bivar, outro quase desconhecido, a não ser pelos iniciados em política. Imagino o quanto o DEM esteja se lamentando de ter-se juntado ao PSL para formar o União Brasil. E também imagino que a via dos eleitores do DEM e PSL leva a Bolsonaro.

Nem mesmo o PT está seguro de sua escolha. As trocas de comunicadores e marqueteiros mostram isso. E até há petista sonhando com Ciro Gomes, que teria menos rejeição que Lula, cujo passado o condena. Também há petistas tentando atrair Ciro, mas Ciro está convicto de que é alternativa a Lula. Tanto que faz críticas a Lula e parece esquecer Bolsonaro. O presidente que busca a reeleição, por sua vez, está aceitando todos os convites para eventos e levando seus ministros para apresentar pelo Brasil resultados de obras todas as semanas. As multidões que atrai servem como água fria sobre as pesquisas que põem Lula na frente, o candidato que evita as ruas.

Uma via de meia-volta foi vista na Justiça. A corte foi unânime em recusar ação do ex-Presidente do PT, Dep. Rui Falcão e de Fernando Haddad, para obrigar o presidente da Câmara a despachar pedidos de impeachment do partido. E agora Alexandre de Moraes volta atrás e revoga sua liminar que proibia o presidente da Câmara de convocar eleição para substituir os membros da Mesa Diretora, inclusive o vice Marcelo Ramos, ferrenho crítico de Bolsonaro. Lira já convocou eleição para esta quarta. Parece que o Supremo, deu uma relida no segundo artigo da Constituição, sobre poderes independentes e harmônicos. A via da Constituição não comporta contramão.

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