![Pressionados, muitos médicos se infectaram, morreram ou perderam parentes com a doença(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Presa - 5/3/21) Como qualquer brasileiro, esses profissionais também foram afetados psicologicamente, por causa da pressão a que foram submetidos](https://i.em.com.br/ash85rPm4P4tSWLTayn1FiUPLz4=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/10/20/1315307/como-qualquer-brasileiro-esses-profissionais-tambem-foram-afetados-psicologicamente-por-causa-da-pressao-a-que-foram-submetidos_0.jpg)
Tempos de um vírus novo, com características imprevisíveis, que provocou uma doença nova também imprevisível, a ponto de se suspeitar que nem seja obra da natureza. É um vírus que saiu de um laboratório e, estimulado, abriu-se em variantes de consequências e graus de contágio diferentes.
Nesses 20 meses, todos os dias foram de experiências, pesquisas e descobertas, ante um novo inimigo, desconhecido e perigoso. Os médicos tiveram que enfrentar esse desafio em meio ao pânico gerado e à emergência da pandemia.
Milhares de médicos trabalharam sob a pressão da política que se intrometeu na medicina; foram incompreendidos, perseguidos, injuriados, mas se mantiveram fiéis ao juramento ético de buscar tratamento com todos os meios, aos primeiros sinais de uma doença, de comum acordo com o paciente. Esses têm a consciência de que a luta vale a pena, porque certamente salvaram milhões. A esses a nação deve o reconhecimento.
Os que mandaram o paciente para casa com dipirona, até que sentisse falta de ar, precisam de bondosa compreensão, porque não encontraram o caminho para se rebelar contra a voz corrente. Os que salvaram milhões de vidas e evitaram sofrimento, vão dormir cansados de tudo isso, mas com a consciência tranquila.