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Estado de Minas

Hábito chinês põe pássaro em risco de extinção


postado em 10/06/2015 06:00 / atualizado em 10/06/2015 12:15

Ave se reproduz no Himalaia e tem sido perseguida nos últimos2mil anos(foto: AURÉLIEN AUDEVARD/DIVULGAÇÃO)
Ave se reproduz no Himalaia e tem sido perseguida nos últimos2mil anos (foto: AURÉLIEN AUDEVARD/DIVULGAÇÃO)
Pequim – Um pássaro que chegou a ser uma das aves mais abundantes na Europa e na Ásia agora está quase em extinção devido aos hábitos alimentares na China, afirma um estudo publicado ontem no jornal científico Conservation Biology. O número de escrevedeiras-aureoladas (Emberiza aureola) diminuiu 90% desde 1980, desaparecendo do Leste da Europa, da Rússia e do Japão, afirma o estudo. Devido a esSe rápido declínio, a China proibiu em 1997 a caça da espécie, conhecida no país como “o pássaro do arroz”.

No entanto, milhares dessas aves, junto com outros pássaros cantores, ainda são caçados como alimento e até 2013 podiam ser encontrados no mercado negro, afirma o estudo. Os pesquisadores afirmam que o consumo aumentou devido ao desenvolvimento econômico e à prosperidade no Leste da Ásia, onde estima-se que apenas na província de Guangdong, no Sul da China, um milhão desses pássaros tenha sido consumido em 2001. As aves se reproduzem no Norte do Himalaia e passam o inverno na parte mais quente do Sudeste asiático, passando pelo Leste da China, onde foram caçadas por mais de 2 mil anos, segundo a organização ambiental BirdLife International. O estudo estabeleceu um paralelo entre esse processo e a extinção da pomba migratória americana em 1914.

“A magnitude e a velocidade deste declínio não têm precedentes entre aves distribuídas em áreas tão extensas, com a exceção da pomba migratória”, estima o diretor do estudo, Johannes Kamp, acadêmico da Universidade de Munster, em um comunicado divulgado pela BirdLife International.

 


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