O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) foram incluídos na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo jornal O Globo.
O pedido envolvendo o tucano estaria relacionado a repasses que a Odebrecht fez para as campanhas dele ao governo de São Paulo, em 2010, e também em 2014. Segundo um dos delatores, pelo menos um dos pagamentos teve como intermediário Adhemar Ribeiro, cunhado do governador.
Outro alvo de pedido de inquérito no STF é o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) e o candidato apoiado por ele, o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), derrotado no pleito do ano passado.
Paes e Pedro Paulo foram citados por ex-executivos do Grupo Odebrecht que fizeram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Aécio
Outro presidenciável que aparece na nova lista de Janot, de acordo com matéria de O Globo nesta terça-feira, está o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O nome do sernador aparece como um dos alvos centrais em pelo menos seis pedidos de inquérito dos 83 que o Ministério Público Federal apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada. O material digitalizado por técnicos do STF devem ser encaminhados hoje para o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo.
Aécio seria um dos políticos mais citados nas delações em que 78 ex-executivos da Odebrecht relataram pagamentos legais e ilegais para deputados, senadores e ministros, entre outras autoridades, em troca de benefícios para a empreiteira.